sexta-feira, 12 de novembro de 2010

NATUREZA-MORTA (José Rosário)

FRUTAS E VASILHAS, óleo sobre tela, 70 x 120
Acervo de Devair e Ângela, Americana/SP

Motivos com arranjos florais, frutas, vasilhas e objetos variados são os mais indicados para os iniciantes da arte de pintar, não só pelo fato de serem estáticos e por isso serem os modelos perfeitos, mas, principalmente pelo fato de oferecerem uma grande variedade de texturas e cores. 
A rusticidade da madeira,  a transparência do vidro, a suavidade de um tecido, as várias texturas das cascas de frutas e legumes, o brilho dos metais... Todos esses desafios são encontrados em um exercício de natureza-morta.

ARRANJO, óleo sobre tela, 40 x 50
Acervo de Waiderson Liberato

O termo natureza-morta foi usado ainda na Renascença, para designar todo tipo de objeto que viesse a compor uma cena. Com a Reforma Protestante, artistas do centro-norte europeu se viram forçados a pintar temas que não fossem mais religiosos, uma vez que a nova religião que professavam não permitia a imagem de figuras sacras nos templos. Daí a grande vocação que seguiram, principalmente aos pintores do norte europeu, a pintarem temas alternativos como marinhas, naturezas-mortas e paisagens. Tal foi a dedicação desses artistas, que as cenas de natureza-morta executadas por eles, eram de extrema precisão de detalhes.

ARRANJO COM FRUTAS, VASILHAS E OVOS, óleo sobre tela, 70 x 90
Acervo particular, Juiz de Fora/MG

Sempre incentivei meus alunos a iniciarem seus primeiros trabalhos por motivos compostos com objetos variados. Seja pela facilidade da organização de arranjos ou seja pela complexidade de texturas oferecidas, as naturezas-mortas são sempre ótimos exercícios para os iniciantes. Ali está muito bem representado o exercício do desenho, com respeito para a perspectiva, proporção, distribuição e arranjo dos objetos, bem como o exercício da composição em si. Contrastes tonais, equilíbrio de cores e uma gama infinita de matizes e nuances.

FRUTAS, METAIS E CEBOLAS, óleo sobre tela, 50 X 70
Acervo de José Roberto Pinheiro



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