SIR LAWRENCE ALMA-TADEMA - Primavera
Óleo sobre tela - 179,1 x 80
J.Paul Getty Museum, Los Angeles
Com uma suntuosidade clássica, Tadema mostra os costumes
da Roma antiga. Luxo e exagero em uma das cidades mais
importantes da história.
Muito mais do que apenas situar uma posição geográfica, as cidades são aglomerados de pessoas que se reuniram dentro de um ideal comum ou, pelo menos, deveriam. Seja pela busca de trabalho, estudo, negócio, religião ou até mesmo pelo turismo, o mundo está se tornando cada vez mais urbano. Pesquisas tem demonstrado que o êxodo rural já é uma realidade em quase todas as regiões do globo. A cidade onde moro é um típico exemplo, perdeu cerca de mil e seiscentos habitantes nesse último censo, conseqüência da saída, principalmente de jovens, buscando um mercado de trabalho que tenha uma tendência mais tecnológica, e não o campo. Um fato constatado é que a vocação agrária passou para o lado dos grandes latifundiários. Pessoas não produzem mais para sobreviver, como faziam no passado.
CARL VON MARR - Os flagelados
Óleo sobre tela
Galeria de Belas Artes de West Bend, Winsconsin
Uma visão alegórica e assustadora das desgraças humanas.
GIUSEPPE DE NITTIS- Galeria Nacional de Londres
Óleo sobre tela, 70 x 105
Museé du Petit Palais, Paris
A visão de uma cidade em um de seus momentos históricos mais significativos.
A história das civilizações teve as primeiras pedras lançadas quando o homem se fixou num local qualquer, formando as primeiras comunidades, abandonando assim a sua, até então, vocação nômade de caçador, e começando a cultivar seu próprio alimento. Como as plantas demoram um pouco até chegar o momento da colheita, era preciso criar alternativas ao tédio da espera. Imagino que nesse exato momento, vieram muitas conquistas: a escrita, as primeiras trocas de comércio, as primeiras canções, as primeiras construções, os primeiros líderes, as primeiras divindades... E porque não dizer também, os primeiros atritos e interesses. Não importa, estamos assim há um bom tempo e creio que a tendência é continuar sempre assim, mesmo com grupos se isolando ou sendo obrigados a isolar em favelas, condomínios e todo tipo de comunidade.
ANTÔNIO FERRIGNO - Rua 25 de março, São Paulo
Óleo sobre tela 20 x 39
Coleção Abrahão Zarzur
Face de uma São Paulo que não existe mais.
THOMAS ALLEN - Praça do mercado, San Antonio
óleo sobre tela montado sobre painel, 66 x 101
O comércio surgiu nos primeiros povoados em todo o mundo.
Onde sempre houve pessoas aglomeradas,
sempre houve espaço para trocar, comprar e vender.
MIAN SITU - O grande incêndio em San Francisco
Óleo sobre tela - 116 x 193
Mesmo vivendo nos dias de hoje, Mian Situ faz uma sensacional abordagem
de um momento delicado da história desta cidade californiana.
Toda comunidade se forma basicamente ao lado de um curso d’água: rio, ribeirão, lago, mar... Água doce é o que mantém todos vivos. Civilizações já foram suntuosas, imperiais, burguesas, plebéias, isoladas em guetos, discriminadas... E se formaram por todos os lados. Somos a única espécie animal que consegue se adaptar em qualquer ambiente.
EUGÈNE GALIEN-LALOUE - Mercado das flores em Madeleine, Paris
Guache, 18 x 31
FEDERICO DEL CAMPO - Canal de Santa Bárbara, Veneza
Óleo sobre painel, 17x5 x 28
Paris e Veneza são, provavelmente,
as cidades mais desenhadas e pintadas na História da Arte.
Na História da Arte, os centros urbanos sempre tiveram muitos artistas a representa-los. Trabalhos fantásticos, essas são as imagens de uma época onde ainda não existia a fotografia ou outro registro que pudesse mostrar às gerações futuras, um pouco de suas realidades. São pelos desenhos e pinturas, que sabemos dos processos evolutivos porque passaram várias cidades mundo afora. Só para se ter uma idéia da importância desse tipo de pintura, quando terminaram as 1ª e 2ª guerra mundiais, Varsóvia estava arruinada. Poucos eram os registros fotográficos que existiam naquela época para que a cidade fosse reerguida com exatidão e respeito às construções que antes existiam. Foi quando descobriram os trabalhos de um importante pintor, Bernardo Bellotto, que com rigorosidade arquitetônica, pintou e eternizou Varsóvia em várias telas, permitindo assim que a sua reconstrução fosse a mais fiel possível, dentro do que existia.
BERNARDO BELLOTTO - Varsóvia vista do Palácio Real
Óleo sobre tela - 166 x 269
Museu Nacional, Varsóvia.
A prova de que uma pintura bem rica em detalhes pode colaborar
em momentos de tragédia.
Os registros pictóricos urbanos nos revelam muito mais que um simples amontoado de casas. Falam do ser humano, suas conquistas, seus momentos de êxtase e tragédias. E os registros começaram a ficar ainda mais autênticos à medida que entrou o século XX. Com o desenvolvimento e aprimoramento dos recursos fotográficos, os artistas já não procuravam mais representar com exatidão as cenas das cidades. Máquinas são muito melhores para isso. Acredito que a fotografia foi o grande “clique” que faltava para a arte ganhar novos rumos. É nessa hora, que as cenas ganham a visão íntima e particular de cada artista, fazendo aquilo que nenhuma máquina é capaz de fazer.
FRED JACKSON - Fonte em Montreuil-sur-Mer
Óleo sobre painel, 32 x 40x5
CHILDE HASSAM - Quinta Avenida, 1890, Nova Iorque
Óleo sobre tela, 64 x 53
SÉRGIO TELLES - Ouro Preto
Óleo sobre tela, 79 x 98
ARMANDO SENDIN - Paisagem de Suspiros
Óleo sobre tela, 38 x 46
Foi o Impressionismo que abriu caminhos para uma nova
visão do mundo. As cidades passaram a ser mostradas
não como eram, mas, como faziam sentir.
FERNAND LÉGER - Os construtores
Óleo sobre tela, 299,8 x 200
MARC CHAGALL - Paris
Óleo sobre tela
NILTON ZANOTTI - Construção I: Visão urbana
Mista sobre tela, 80 x 120
NADIA CASCINI - Toscana revisitada
Óleo sobre tela
Ganhando facetas impressionistas, cubistas, surrealistas, modernas, pós-modernas, ganhando também ares abstratos e futuristas. A arte se reinventou e continua se reinventando. Muito mais que preservar a simples imagem de uma época, como era a intenção no passado, desenhar e pintar os centros urbanos de hoje preservam a consciência e a visão de quem os faz. O artista se mostra na obra e a obra se mostra ao mundo.
GEORGIA O'KEEFFE - Radiator building
Óleo sobre tela, 121,9 x 76,2
HÉCTOR CARYBÉ - Vilarejo em festa
Óleo sobre tela, 50 x 35
CHANINA - Cidade
Óleo sobre tela, 73 x 54
NICOLA RESMINI - Vila ao sol
Mista sobre tela
No ano 2000, recebi uma encomenda (estranho falar de encomenda em arte) para pintar a cidade de São Domingos do Prata, vizinha da minha. A “encomenda”, que quero explicar desde já me dava liberdade na escolha do ângulo, técnica e estilo, foi feita por Laércio Marciel, que desejava retratar a cidade num momento tão único: a virada para o terceiro milênio. Fui algumas vezes lá e escolhi o ângulo que mais identificava, tanto com o desejo da encomenda como aquilo que a cidade me passava. Como não moro lá, fiz uma representação realista e bem detalhada. Medindo 75 x 184 cm , é um dos maiores trabalhos que realizei em termos de tamanho. A encomenda ficou pronta no ano de 2002.
JOSÉ ROSÁRIO - São Domingos do Prata: Ano 2000
Óleo sobre tela, 75 x 184
Muito Bacana!
ResponderExcluirAdorei a matéria.
Sucesso amigo!
Mais uma vez agradeço por nos abastar de informações e conseqüentemente conhecimentos sobre a história artística. Chamou-me muito a atenção quando menciona o êxodo rural e a juventude em busca de um trabalho em pólos industriais, deixando as origens e até de um certo modo colocando a produção e a vida rural em segundo plano. Minha opinião se resume no capitalismo consumista que nos adotou sem se quer saber se o queríamos como pai, e por final nos fez parte das suas engrenagens que infelizmente nos obriga a girar, girar e girar. Parabéns e grande abraço!
ResponderExcluirOps...Magnifico seu trabalho da cidade São Domingos do Prata..detalhes minuciosos e perfeitos!!
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirMe siga que te sigo tmb!
http://www.ledha.com.br
Aguardo vc.
Bjsss,
Ledha
cara você pinta dimas não tenho palavras parabénsssssssssssssss!!!!!!!!!
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