A história da arte tem nos
mostrado que a produção artística é uma característica muito comum a membros de
uma mesma família. Irmãos, pais e filhos, tios e avôs... Seja qual for o
parentesco, sempre houve uma grande tradição que o fazer artístico fosse um
gosto e uma característica peculiar de muitas famílias.
Em recente visita a um site
brasileiro, encontrei o histórico de uma família que teve seu momento de apogeu
nas décadas do século passado: a Família Caruso. É muito importante que
saibamos valorizar nossas histórias para podermos formar uma consciência plena
de nossa situação.
O relato que se segue é o
texto de abertura do site criado por um dos descendentes da família e que traz
um resumo de como os Caruso chegaram até esse país.
UMA FAMÍLIA DE ARTISTAS
Durante décadas e décadas, a
partir de 1910 e até os anos finais do século 20, uma família de artistas
paulistas encantou seus contemporâneos brasileiros, e muitos estrangeiros, com
a beleza da sua pintura, as cores e a espontaneidade dos desenhos dos seus
quadros e a sensibilidade que tão bem souberam expressar no manejo das tintas e
dos pincéis.
Artistas, na mais plena
acepção da palavra, voltados exclusivamente para o seu trabalho estético,
despreocupados em cortejar a crítica, incensar a mídia ou buscar guarida nos
partidos e agremiações de esquerda, têm sido sistematicamente ignorados, o que
certamente explica por que, neste início do século 21, sejam praticamente
desconhecidos das novas gerações. Chegou a hora de corrigir essa injustiça e
recolocar os CARUSO no lugar que merecem. É esse o objetivo deste trabalho.
A história artística da
família CARUSO começa efetivamente na segunda metade do século XIX, numa
pequena cidade do Sul da Itália.
Paola, na Calábria, no ano
de 1847, foi o berço de Vincenzo Caruso, um homem simples, pobre, analfabeto,
mas dotado de grande sensibilidade, como teremos oportunidade de verificar.
Em companhia da mulher Ana
Maria Provenzano, calabresa e residente em Paola como ele, Vincenzo resolveu
emigrar para o Brasil, em 1879 ou 1880, atraído pelos relatos otimistas de
outros calabreses, que tinham cruzado o Atlântico em busca de uma vida mais
digna e menos sofrida. Sem recursos, os dois se sujeitaram a uma sofrida viagem
em navios de imigrantes. Quando chegaram ao Brasil, foram morar na cidade
paulista de Campinas, onde Vincenzo foi trabalhar como operário braçal na
Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Seu trabalho consistia em bater com
uma marreta nas rodas dos trens para verificar se estavam em condições de
trafegar.
Em Campinas, a família
começou a se formar com o nascimento de diversos filhos.
Um relato detalhado de cada
membro da família você poderá encontrar no link que se seque:
Abaixo, algumas imagens de
trabalhos produzidos por membros da família Caruso.
SALVADOR CARUSO - Natureza-morta - Óleo sobre tela
TEREZA ANDREOLI CARUSO - Marinha - Óleo sobre madeira
FLORÊNCIO CARUSO - Natureza-morta - Óleo sobre tela - 1939
JOSÉ CARUSO - Pátio - Aquarela sobre papel
Esquerda: VICENTE CARUSO - Nu - Óleo sobre tela - 1950
Direita: VICENTE CARUSO - Nu azul - Ilustração para a GOODYEAR
Abaixo: VICENTE CARUSO - Moça com café - Ilustração para folhinha
Informações valiosas, por muitos, despercebidas.
ResponderExcluirSim. Assim como eles, há muitos artistas anônimos por aí!
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