Museu Nacional de Arte da Vida Selvagem. Instalações atuais.
Antigas instalações, na Praça Central de Jackson.
Criar um museu destinado
somente à vida selvagem parece ser o desejo de muitas pessoas por todo o mundo.
Ter a felicidade de colocar esse desejo em prática é uma dádiva para poucos.
Ainda mais, fazendo isso com admirável competência e proporcionando uma instituição
que cada vez conquista o maior respeito, num país onde as instituições
museológicas são consideradas coisa séria. Localizado na vila norte-americana
de Jackson, condado de Teton, no estado de Wyoming, o Museu Nacional de Arte da
Vida Selvagem tornou-se a concretização do sonho de um casal que sempre lutou
para vê-lo em prática: Joffa e Bill Kerr.
Juntamente com um grupo de
amigos, que abraçaram a causa, Joffa e Bill fundaram o museu em 1987,
localizado inicialmente na Praça Central da Vila de Jackson. As aquisições
foram crescendo e o espaço original ficando reduzido, o que levou à criação de
uma nova sede, em 1994, desta vez mais integrada ao ambiente natural, o que
sempre foi a proposta de seus idealizadores. A coleção do museu é o fruto de
mais de 30 anos de pesquisas, arrecadações e aquisições, tornando-se atualmente
uma coleção de arte de animais selvagens insuperável nos Estados Unidos.
As instalações atuais do
museu constam com 14 galerias distintas, uma trilha de escultura, loja, café,
Galeria para Descoberta Infantil e biblioteca. A coleção permanente do Museu
inclui mais de 5.000 itens catalogados, entre pinturas, esculturas e desenhos,
produzidos por mais de 100 artistas ilustres, que vão desde representantes de tribos
americanas até os mestres contemporâneos. Exposições permanentes e temporárias são
incrementadas com programas inovadores de educação, onde vários acadêmicos
enfatizam a apreciação da arte, história da arte, ciência natural, escrita
criativa, e história americana.
ALBERT BIERSTADT - Prong-horn antelope - Óleo sobre tela - 42,7 x 57,15 - 1865
ROBERT BATEMAN - Leopardo numa árvore de savana - Óleo sobre painel - 76,2 x 96,52 - 1979
TUCKER SMITH - O refúgio - Óleo sobre tela - 88,9 x 302,3 - 1994
O Museu se tornou um
importante centro educacional e um lugar de reunião para a região de Jackson Hole.
Em 1994, o museu recebeu o Prêmio Humanidades
Wyoming pelos esforços exemplares em promover as ciências humanas naquele
estado. Em 2008, o Museu recebeu a designação como o "Museu Nacional de
Arte da Vida Selvagem dos Estados Unidos" por ordem do Congresso, e em
2012, uma nova trilha de esculturas foi projetada pelo premiado arquiteto
paisagista, Walter J. Hood. Mais de 80.000 pessoas visitam as instalações do
museu a cada ano, e mais de 10.000 crianças também visitam anualmente o museu, como
parte de seus currículos escolares. Haverá algo mais importante para um museu
do que despertar a verdadeira importância da arte como formadora de cultura do
planeta?
AUGUSTE RODIN - Leão - Bronze - 1881
MELVIN JOHANSEN - Saída de emergência - Bronze
E pensar que tudo começou
com um simples ato e uma grande ideia. Quando Bill e Kerr compraram sua
primeira pintura, nem podiam imaginar o rumo que iria tomar o seu modesto
sonho. Compraram um quadro de Carl Rungius por US$ 6.000. Fazem questão de
frisar que pagaram US$ 500 por mês durante um ano. Os trabalhos de Rungius
atingem atualmente as cifras US$ 750.000. Aquele importante trabalho foi o
alicerce para a realização de tudo que idealizaram à partir dali. Foram
convencendo amigos sobre a importância de preservar a memória da vida selvagem
e as doações foram acontecendo naturalmente. Hoje, é impossível desvincular
toda a região de Jackson Hole do museu e da importância para os habitantes
dali. Como muitas instituições do mundo, o museu é uma prova de que sonho e
realidade passam por um único caminho: vontade e determinação.
CARL RUNGIUS - O rei do norte - Óleo sobre tela - 106,68 x 152,4 - 1926
LEN CHMIEL - A vida imitando a arte - Óleo sobre tela - 88,9 x 129,54
NANCY GLAZIER - Rock Chuck Rock - Óleo sobre tela - 60,96 x 86,36
PARA SABER MAIS:
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