GUSTAVE DE JONGHE - Mãe com sua filha - Óleo sobre painel - 45,7 x 55,6 - 1865
GUSTAVE DE JONGHE - Mãe com sua filha - Detalhe
GUSTAVE DE JONGHE - Indiscretas - Óleo sobre tela - 29,1 x 21,2 pol
GUSTAVE DE JONGHE - Hora de brincar - Óleo sobre tela - 17,3 x 22 pol - 1866
GUSTAVE DE JONGHE - Mulher num interior
Óleo sobre tela - 65,4 x 48
Gustave Léonard de Jonghe nasceu
na cidade belga de Kortrijk, a 4 de fevereiro de 1829. Filho de um outro
pintor, o proeminente Jan Baptiste de Jonghe, recebeu dele as primeiras lições
de arte. Foi o próprio pai quem o incentivou a continuar pelo caminho da
pintura, matriculando-o na Academia Real de Belas Artes, em Bruxelas. Ali, teve
ensino direcionado por um dos principais artistas belgas daqueles tempos, o
pintor François-Joseph Navez. No ambiente acadêmico, teve uma grande amizade
com o artista Louis Gallait, que era especialista em pintura histórica. Quando
fez 15 anos, seu pai faleceu e ele só pode continuar seus estudos graças a uma
bolsa concedida pelos administradores de sua cidade natal.
GUSTAVE DE JONGHE - Olhando para o tempo
Óleo sobre painel - 65 x 62
GUSTAVE DE JONGHE - Um momento de distração
Óleo sobre painel - 46 x 38 - 1868
GUSTAVE DE JONGHE - O recital - Óleo sobre painel - 55,5 x 45,5
As primeiras participações
públicas com suas obras viriam acontecer à partir do ano de 1848, quando
Gustave de Jonghe começaria a participar do Salão de Bruxelas. De Jonghe
começou a trabalhar em Paris e fez isso pela primeira vez em 1850, exibindo no
prestigiado Salon de Paris. Em 1855, ele se mudou da Bélgica para Paris e exibiu
regularmente no Salão durante os próximos trinta anos. O Salão de Paris o
premiou com uma medalha de terceiro lugar em 1863 e, nesse mesmo ano, recebeu
uma medalha em Amsterdã. As honras aumentaram em 1864, quando o rei belga o
chamou de Chevalier de l'Ordre de Leopold (Cavaleiro da Ordem de Leopold).
GUSTAVE DE JONGHE - O recital - Óleo sobre painel - 11,5 x 9,2 pol
GUSTAVE DE JONGHE - Doces sonhos - Óleo sobre painel - 73,2 x 54,5
GUSTAVE DE JONGHE - Mulher com uma rosa - Óleo sobre painel - 85 x 59
Seus primeiros trabalhos
exploraram temas históricos e religiosos, como a composição dos Peregrinos, de 1854 (Museu Real de Belas
Artes da Bélgica). Ele então mudou para a pintura de retratos e cenas de gênero
e a paisagem ocasional. Ele trabalhou em óleo e às vezes em aquarela. Suas
pinturas de retratos mostravam o estilo de vida dos habitantes da cidade, com
seus modos contemporâneos elegantes. Esta foi uma tendência iniciada pelo
pintor belga Alfred Stevens, no final da década de 1850 e depois seguida por
outro pintor belga, Charles Baugniet, pelo francês Auguste Toulmouche e pelo
próprio de Jonghe. No final da década de 1860, havia um mercado pronto para
cenas de gênero com figuras burguesas, geralmente jovens glamorosas, em um
ambiente luxuoso. Com o início da Belle Epoque na década de 1870, esse tipo de
pintura que retratava mulheres bem vestidas em um interior, tornou-se popular
no Salão de Paris.
GUSTAVE DE JONGHE - Preparando para o baile - Óleo sobre tela
GUSTAVE DE JONGHE - Tempo de diversão - Óleo sobre painel - 45,7 x 55,2
GUSTAVE DE JONGHE - Uma lição de bordado - Óleo sobre painel - 44,45 x 55,25 - 1864
Gustave de Jonghe pintou
muitas cenas de mães com seus filhos (geralmente meninas) em ambientes íntimos.
Através da escolha de pose, roupas e configuração, de Jonghe caracterizou o
tipo de pessoa representada. Suas cenas visavam evocar as alegrias silenciosas
da vida familiar entre a próspera burguesia daqueles tempos.
GUSTAVE DE JONGHE - Uma fã japonesa - Óleo sobre tela - 1865
GUSTAVE DE JONGHE - No salão - Óleo sobre painel - 73 x 54
GUSTAVE DE JONGHE - Meditação - Óleo sobre tela
Sua obra reflete gostos
contemporâneos na arte, como a mania
japonesa da segunda metade do século 19, com o seu interesse em arte e
artefatos japoneses. Há obras que representam cenários completamente inspirados
na decoração em estilo japonês, com modelos vestidas a rigor. Gustave de Jonghe
também pintou algumas composições orientalistas como A sesta da tarde (também chamada de Odalisca reclinável), que refletiu
o interesse contemporâneo no tema do harém e do Orientalismo.
GUSTAVE DE JONGHE - A convalescente - Óleo sobre tela
GUSTAVE DE JONGHE - Uma tarde de visitas - Óleo sobre tela
GUSTAVE DE JONGHE - Repouso da tarde - Óleo sobre tela - 91 x 71 - 1875
Na década de 1870, o artista
cruzou repetidamente entre Paris e Bruxelas. O início da cegueira, em 1882,
após uma hemorragia cerebral, pôs fim em sua carreira artística e ele voltou
para Bruxelas. Os principais artistas belgas e franceses, em Paris, organizaram
uma venda de arte de caridade para apoiar o artista enfermo e sua família. Em
1884, ele se mudou para Antuérpia, onde morreria a 28 de janeiro de 1893.
GUSTAVE DE JONGHE - Caminhadas amorosas - Óleo sobre tela
GUSTAVE DE JONGHE - Uma tarde preguiçosa - Óleo sobre tela
Embora hoje, alguns de seus
trabalhos possam ser encontrados em museus internacionais, como d’Orsay (Paris)
e Hermitage (São Petersburgo), a maior parte de seus trabalhos encontra-se
mesmo em coleções particulares. Todos os anos, alguns raros trabalhos de sua
autoria ainda são oferecidos nas mais prestigiadas casas de leilões do mundo.
Ficou para o nosso tempo, o registro de um artista que soube explorar as
oportunidades temáticas comerciais de sua época, mas que soube, acima de tudo, fazer isso
com bom gosto e sinceridade. Uma prova de que é possível fazer arte ao gosto da
clientela e que satisfaça ao seu executor.
GUSTAVE DE JONGHE - A carta de consolo - Óleo sobre tela
GUSTAVE DE JONGHE - A carta de consolo - Detalhe
Excelente artista.
ResponderExcluirParabéns pelo artigo.
Luz e paz.
Muito obrigado, Quimas, pelas visitas de sempre.
ExcluirUm grande abraço!
Grandioso!!!! espetacular!!! cenas cheias de charme...
ResponderExcluirAmigão felicidades...
Obrigado mais uma vez pela vinda, Vidal.
ExcluirGrande abraço!