Fundação Aperam/Acesita, Timóteo, Minas Gerais. Fachada principal.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
sábado, 26 de janeiro de 2013
SANSÃO PEREIRA
“A perseverança é a energia que mantém o artista na escalada
do sucesso, sucesso este que nem sempre é daqueles mais aguerridos no trabalho
e sim dos que se conservam trabalhando.” (Sansão Pereira)
SANSÃO PEREIRA - Panorama do Rio - Óleo sobre tela - 1,50 x 3,00
SANSÃO PEREIRA - Salvador - Óleo sobre tela - 2,00 x 1,50
Desconheço os dados de quem sejam os artistas com maiores
produções na história da arte, mas não tenho dúvida que um brasileiro figura
entre eles: Sansão Pereira. Um acreano, com 65 anos de carreira, e que já
produziu mais de 30.000 obras catalogadas. Ganhei um livro sobre seus
trabalhos, doado pelo colecionador carioca Antônio Ferreira Lima Neto, que é um
amigo particular e grande admirador das obras de Sansão. Foi através dele que
tenho conhecido um pouco mais sobre artista que tem um currículo extenso e uma
variada produção.
SANSÃO PEREIRA - Figuras na areia - Óleo sobre tela - 0,30 x 0,90
SANSÃO PEREIRA - Praia - Óleo sobre tela - 1,00 x 2,00
Atualmente com 94 anos de idade, ainda continua na ativa,
pintando suas grandes telas, uma das marcas de seu trabalho. Com menor
intensidade, com certeza, mas ainda tirando um tempinho de cada dia para
dedicar àquilo que sempre foi sua maior paixão: pintar. Não há restrições para
os temas, todos são bem-vindos, com ênfase para marinhas e naturezas mortas.
Uma série com cenas do Rio de Janeiro (Rio Fantástico e Monumental) também faz
muito sucesso em sua produção.
SANSÃO PEREIRA - Ao sol - Óleo sobre tela - 1,20 x 1,50
O jovem Sansão deixou sua terra natal, o Seringal Catapará,
ainda jovem, lá pelos anos 30. Vai para o Rio de Janeiro e após cursar
Engenharia Elétrica, faz seu PHD nos Estados Unidos, manifestando o interesse
pelas artes nesse mesmo período. Retorna ao Brasil, instalando-se no Rio de
Janeiro, onde constrói uma carreira segura e de sucessos. Sem dúvida, foi a
estadia na cidade fluminense que tanto o influenciou nos temas que mais o
representaram em diversas partes do mundo: as cenas marinhas. Com barcos, figuras
e construções, são uma atração à parte em sua produção. Nunca desvencilhou,
porém, de sua terra natal, e a retratou em diversas ocasiões, como no Painel Comemorativo da Revolução Acreana
e a Fantasia Amazônica.
SANSÃO PEREIRA - Café - Óleo sobre tela - 1,20 x 1,50
SANSÃO PEREIRA - Ladeira - Óleo sobre tela - 2,00 x 3,00
Várias décadas de estudos em diversas partes do mundo,
trouxeram ao artista uma visão bem ampla da arte que se implantou por quase
todo o século XX. Estudou em escolas conceituadas e viu movimentos praticamente
iniciarem e finalizarem. Construiu sua carreira com um estilo próprio, que foi
exatamente a filtragem de todas as tendências com as quais conviveu. Das
amizades construídas com artistas de diversas nacionalidades, cultiva em
especial em sua lembrança, os tempos convividos com o artista americano Clark
Hulings, com o qual cursou em Chicago.
SANSÃO PEREIRA - Arranjo - Óleo sobre tela - 1,20 x 1,50
SANSÃO PEREIRA - Natureza viva - Óleo sobre tela - 2,00 x 2,00
Há que se destacar vários aspectos marcantes na obra de Sansão
Pereira, uma em especial o tipo de suporte que prefere, uma tela bem texturizada
que cria um contraste bem marcante com sua pintura de características bem
fluidas. Explora como poucos os espaços vazios de uma composição e sempre tem
uma paleta vigorosa, com cores intensas e contrastes bem arrojados.
SANSÃO PEREIRA - Barcos - Óleo sobre tela - 2,00 x 3,00
SANSÃO PEREIRA - Crianças na praia - Óleo sobre tela - 0,80 x 1,00
A
Marinha do Brasil patrocinou a publicação do livro A Arte de Sansão C. Pereira, lançado no ano
de 2011, um apanhado com mais de 800 obras, de vários períodos de sua carreira.
SANSÃO PEREIRA - Cena do Rio
Óleo sobre tela - 1,00 x 1,50
SANSÃO PEREIRA - Figuras na rua - Óleo sobre tela - 0,30 x 0,90
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Sansão Pereira
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
POR DENTRO DE UMA OBRA - Richard Franz Unterberger
RICHARD FRANZ UNTERBERGER - Costa de Amalfi
Óleo sobre painel de mogno - 57,5 x 36 - 1888
Já estou devendo uma matéria especial sobre a costa Amalfitana, essa região da Itália com uma beleza única e por onde passaram inúmeros artistas, em diversas épocas da história, retratando-a.
No século XIX, era o reduto preferido dos paisagistas e pintores de marinhas, em especial. Ainda continua sendo explorada por muitos realistas contemporâneos e é um dos locais mais exóticos da Europa.
Enquanto a matéria mais abrangente não fica concluída, deixo um pouco de como ela se mostrará, com essa excelente obra do artista austríaco Richard Franz Unterberger, que pintou diversas cenas do litoral italiano.
A obra emoldurada.
sábado, 19 de janeiro de 2013
ROBERT JULIAN ONDERDONK
ROBERT JULIAN ONDENDORK - Vislumbre do mar, Long Island - Óleo sobre tela - 1906
ROBERT JULIAN ONDERDONK - Sombras de verão
Óleo sobre madeira - 1910
A
história da arte está repleta de tristes passagens envolvendo a morte precoce
de artistas talentosos em seu apogeu de carreira. Um dos casos mais célebres
aqui no Brasil, foi de Almeida Júnior, por uma tragédia evitável, e mais
recente com o grande artista mineiro João Bosco Campos, vítima de uma doença
inevitável. Assim também foi com Robert Julian Onderdonk, que morreu aos 40
anos de idade, no auge de sua carreira, por complicações de obstruções intestinais.
ROBERT JULIAN ONDERDONK - Florada em Leon Springs - Óleo sobre tela - 1921
ROBERT JULIAN ONDERDONK - Luz do sol depois da chuva
Óleo sobre tela - 1921
Onderdonk
se tornou famoso por suas interpretações magistrais de paisagens texanas,
estado americano onde nasceu (San Antonio, 1882) e faleceu (San Antonio, 1922).
Teve a sorte de já nascer no berço de uma família artista. O dom da pintura foi
incentivado e descoberto cedo pelo pai. Havia muita dedicação por ambas as
famílias paternas para que os filhos crescessem em um ambiente de latente
cultura.
ROBERT JULIAN ONDERDONK - A velha macieira - Óleo sobre tela
ROBERT JULIAN ONDERDONK - Paisagem com coreopsis
Óleo sobre tela
O pai de
Julian foi seu primeiro mestre, mas aos dezoito anos de idade, ele já estava
ansioso para estudar no leste dos Estados Unidos. Um amigo e vizinho, G.
Bedell Moore, emprestou-lhe dinheiro para ir a Nova York. Durante o verão de
1901, Julian freqüentou aulas com ninguém menos que William Merritt Chase em
Shinnecock, Southampton, Long Island. Isto provou ser uma decisão
favorável, uma vez que os princípios de Chase iam de encontro ao temperamento
enérgico daquele dedicado aluno.
ROBERT JULIAN ONDERDONK - Florada de cactus - Óleo sobre tela - 1915
ROBERT JULIAN ONDERDONK - Paisagem seca do Texas
Óleo sobre tela
Embora
tenha estudado a obra de muitos pintores e também tenha sido aluno de Frank Vincent Dumond (1865-1971),
outro estudante de Chase, Julian tinha uma atração enorme para a pintura feita
no local, tornando-se um adepto fervoroso da pintura em plein air. Ele
praticamente se ajoelhava diante da natureza, como uma questão de religião, e
dela absorvia tudo que podia. E mesmo que tenha dedicado grande parte de sua
produção a trabalhos feitos em uma única sessão, tirados do natural, ele nunca
perdeu o profundo respeito pela natureza que Chase tinha instilado nele.
ROBERT JULIAN ONDERDONK - Trecho do Rio Guadalupe - Óleo sobre tela - 1921
ROBERT JULIAN ONDERDONK - Pomar de pêssegos
Óleo sobre tela - 1915
Casou-se
com Gertrude Shipman em junho de 1902. Adrienne, a primeira filha, nasceu em
setembro de 1903. Em 1906, organiza uma exposição patrocinada pelo estado do
Texas e em 1909 decide retornar definitivamente para San Antonio. Nesse mesmo
ano nasceria Robert Reid, que também seguiria as veias artísticas da família.
ROBERT JULIAN ONDERDONK - Um dia de janeiro em Brush Country - Óleo sobre tela - 1921
ROBERT JULIAN ONDERDONK - Hill Country Lane
Óleo sobre tela - 1911
Após seu
retorno, Julian imediatamente começou a pintar o interior do Texas. Ele e
seu pai organizaram vários passeios juntos, e Julian, depois de tantos anos em
Nova York, estava de volta em seu elemento natural. Ele diligentemente
aplicou os princípios que tinha aprendido de Chase, principalmente o de pintar diretamente
da natureza. Revelando o seu amor para a paisagem do Texas, ele escreveu:
San Antonio oferece um campo
inesgotável para o artista. Em nenhum outro lugar, os efeitos atmosféricos
são tão variados e bonitos. Meus olhos não se cansam de vê-los. Em
nenhum outro lugar há uma riqueza de cor tão intensa. Na primavera, quando
as flores selvagens estão em flor, a natureza é desregrada: cada tom, cada cor,
cada sombra está presente numa profusão generosa, e mesmo no auge do verão,
quando seria de imaginar que qualquer tela só poderia transmitir a impressão de
calor intenso, as possibilidades da paisagem ainda estão além da compreensão. Basta
observá-la adequadamente, para encontrar tudo o que nela brilha com uma
coloração dourada maravilhosa que é a alegria e o desespero de todos os que já
tentaram pintá-la.
ROBERT JULIAN ONDERDONK - Campo de bluebonnets - Óleo sobre tela
ROBERT JULIAN ONDERDONK
Caminho através de um campo de bluebonnets
Óleo sobre tela
Campos
com flores azuis eram seus temas mais populares e vendáveis, mas pintou-os, não
só porque eles eram comercializáveis. Ele interpretou a essência dos oceanos
azuis de flores nas névoas da manhã, ao sol do meio-dia, ou em flagrantes tons
ternos de um crepúsculo de primavera, como ninguém antes dele ou depois. Como
consequência, ele se tornou conhecido como o "Pintor Bluebonnet", uma
denominação que ele detestava por causa de seus imitadores amadores, que, em
sua maior parte, desvalorizaram um tema que em mãos competentes, como as suas, era
pura poesia na pintura.
ROBERT JULIAN ONDERDONK - Menina numa paisagem com bluebonnets
Óleo sobre tela - 1920
ROBERT JULIAN ONDERDONK - Última tarde
Óleo sobre tela - 1909
O jovem
artista já parecia pressentir sua morte, quando afirmou: "Eu quero fazer grandes coisas, tenho
trabalhado e ainda estou trabalhando para fazer algo que realmente valha a
pena, enquanto eu sentir que o tempo virá logo. Mas eu nunca fui capaz de
colocar em minha pintura o que eu desejo”. Desde a sua morte precoce, Julian
Onderdonk tornou-se uma lenda. Suas obras, hoje presentes em várias
coleções privadas e públicas, são avidamente procuradas e estão ganhando cada vez
uma alta cotação. Foi um dos tardios representantes do Impressionismo americano. Tudo que deixou em sua obra é emocionalmente misterioso e
assombrosamente belo.
ROBERT JULIAN ONDERDONK
Autorretrato
Óleo sobre tela
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
VENTO SUL - Abrão Lacerda
É com imenso prazer que faço o anúncio desse lançamento extraordinário da literatura brasileira. Conhecendo pessoalmente o artista, já antevia que seria mesmo uma obra daquelas que irá entrar para a história. Estou certo que será!
Não apenas por ter sido muito bem escrita, mas principalmente por ser o início de uma carreira que ainda dará muito orgulho ao cenário literário brasileiro. Texto enxuto, direto, com um diálogo fácil com todos aqueles que emprestam um pouco de tempo para sua leitura. Abrão Lacerda é um dos nomes mais promissores para todos aqueles que apreciam uma boa obra literária. O trabalho contou com ilustrações do artista plástico Romeu Célio.
Além do livro, deixo a sugestão para que todos vocês visitem e adicionem o blog do escritor aos seus favoritos. Leitura essencial para esses nossos tempos.
Deixo abaixo, a apresentação do livro, feita pelo próprio escritor:
VENTO SUL - A
Infância das Histórias
Muitas
histórias nascem na infância ou nela se inspiram, pois nada se assemelha mais
ao ato de contar histórias do que a imaginação infantil. Tornar possível o
impossível, inventar, subverter, mesclar, e assim ocupar a mente e sua fábrica
de ideias em algo útil, pois sabe-se que mente ociosa é oficina do diabo.
Vento Sul, meu
primeiro livro impresso, traz histórias inspiradas em minha infância, passada
entre uma fazenda e uma vila no extremo-sul da Bahia. Um mundo basicamente pequeno, onde as relações
mais constantes envolviam a família numerosa, os empregados e os agregados da
fazenda, e sua extensão, a vila, lugar de ir à escola, aprender jogos e
entender o mundo. Algumas histórias apresentam o ponto de vista do menino, com
a emoção e o frescor das primeiras experiências, outras têm a marca do adulto
irônico, que olha para o passado para parodiá-lo.
São
contos, talvez crônicas, um pouco de fábulas. Tentativas de recriar um gênero,
pois escrever é contar, recontar, recriar. Um trabalho que passará agora pelo
crivo do leitor, aquele que tem o dom da lembrança e do esquecimento.
As
histórias são intencionalmente curtas, para serem lidas em dez, quinze ou vinte
minutos, de uma só vez. Têm um ritmo particular, que identifico como traços do
meu estilo, são fluidas e objetivas. Criadas pelo prazer da escrita para o
prazer da leitura.
Publicado
em edição do autor através da Editora Scortecci de São Paulo, Vento Sul conta com ilustrações do
artista plástico Romeu Célio, de Timóteo, Minas Gerais. Romeu foi um importante
parceiro neste projeto e contribuiu com suas estampas para o visual dinâmico e
bonito do livro. Uma apresentação gráfica agradável ao olhar e ao manuseio foi
uma das preocupações desta edição.
Vento Sul pode ser adquirido diretamente com o autor
através do e-mail abraolacerda@yahoo.com.br
ou no blog abraolacerda.blogspot.com.br
e também junto às Livrarias Asabeça (www.asabeca.com.br/lista_produtos.php?nprod=vento+sul&kb=471&sid=26122012082427)
e Cultura (www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=30741780&sid=181166246141226519862962932).
ROMEU CÉLIO - Ilustração para Conto do Sal e da Fervura
ROMEU CÉLIO - Ilustração para O Centauro
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
UMA DUPLA DE PESO
Esquerda: Gonzalo Cárcamo
Direita: Ronaldo Boner
A exposição REALISMO HOJE, realizada em
Brasília, no final do ano passado, trouxe oportunidades únicas para mim.
Primeiramente por mostrar meu trabalho numa região até então pouco explorada,
segundo por possibilitar estar próximo de diversos artistas com os quais sempre
me identifiquei. Dos nove artistas expositores, seis já me eram mais familiares
de contatos anteriores, sejam pessoalmente ou por aqui, na internet. Restavam
Marcus Claúdio, Boner e Cárcamo. Ainda não pude conhecer pessoalmente o Marcus
Cláudio, mas pude admirar seu trabalho mais de perto e em breve estarei também
falando sobre ele. Tive a oportunidade de conhecer pessoalmente uma dupla de
peso na atual arte realista brasileira: o Gonzalo Cárcamo e o Ronaldo Boner.
Boner observando o Cárcamo em atividade.
Cárcamo e Bonner são, além de artistas já
renomados, ótimas pessoas para o convívio. Os dois sempre com um otimismo
oportuno e observações acerca da arte que sempre acrescentam em qualquer roda
de conversa. Ambos com uma extensa carreira artística, que tem um currículo de
dar inveja (boa) a qualquer artista iniciante. Decidi fazer a matéria com os
dois exatamente pelas diferenças técnica, estilística e temática com as quais
abordam seus trabalhos. Essa identidade única de cada artista, ganha um ponto
em comum em um dos requisitos mais evidentes na produção dos dois: o uso da
referência ao vivo para elaboração e composição de suas obras. Fazem questão de
frisar que não abrem mão dessa valiosa ferramenta para desenvolver os seus
trabalhos.
GONZALO CÁRCAMO - Pequenos pescadores puxando a rede - Óleo sobre tela - 40 x 50
GONZALO CÁRCMO - O menino e a pipa - Aquarela
Nascido na cidade chilena de Los Angeles,
em 1954, Gonzalo Cárcamo veio para o Brasil na década de 70. Entre as muitas
atividades artísticas, destaca-se a execução de cenários para desenhos
animados, chegando a participar de alguns curtas para os estúdios Walt Disney.
O trabalho com caricaturas deu início em 1986, no Rio de Janeiro, quando
executa os primeiros desenhos para o semanário Pasquim. Desde então, conquistou
uma carreira de sucesso e respeito em publicações importantes na Espanha, no
Chile e aqui no Brasil, com destaque para o Jornal El País (Espanha), Apsi
(Chile) e as revistas Isto É, Veja, Carta Capital e Época (Brasil).
GONZALO CÁRCAMO - Cavalo e carroça, Parati - Aquarela
GONZALO CÁRCAMO - Mercado de Paraty
Guache - 13,94 x 19,66
GONZALO CÁRCAMO - Rua em Paraty - Aquarela
Um dos mais respeitados aquarelistas da
atualidade, não só no Brasil, mas a nível mundial, Cárcamo tem também diversas
participações em ilustrações de vários segmentos da literatura, seja para obras
de grandes escritores, ou publicando pessoalmente obras suas. Ganhei do próprio
artista, um belo exemplar publicado em 2005, com obras que fez de Paraty, um
dos mais belos documentários iconográficos daquela cidade. Também executou uma
caricatura minha, na nossa passagem por Brasília. Atualmente é colaborador da
Folha de São Paulo e da Revista Época.
RONALDO BONER - Composição com girassóis - Óleo sobre tela - 90 x 70
Ronaldo Boner Júnior é daqueles artistas
que já nasceu com a mão calibrada com os pincéis. Artista de uma técnica invejável
e com uma habilidade de composição rara nos tempos atuais, é uma unanimidade,
tanto a nível crítico como ao grande público. Suas obras são facilmente
identificadas e muito bem assimiladas.
RONALDO BONER - Arranjo - Óleo sobre tela - 40 x 50
RONALDO BONER - Samovar e uvas
Óleo sobre tela - 70 x 90
RONALDO BONER - Arranjo - Óleo sobre tela
Dois períodos na Itália, estudando com o
artista Luciano Regoli, trazem ainda mais maturidade ao trabalho que já era
imexível. Essa estada em terras européias também amplia sua temática, abordando
agora a paisagem e a figura humana, com a mesma desenvoltura que o consagrara
nas naturezas mortas. Nascido em 1974, carrega desde muito tempo um refinamento
que identifica logo os seus trabalhos. Vários prêmios e uma infinidade de
exposições podem ser conferidos em sua página pessoal.
Foi uma satisfação muito grande poder encontrar com
essa dupla e dividir ótimos dias em suas companhias. Bons aprendizados em tão
pouco tempo.
PARA SABER MAIS:
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