Há 70 anos, quando os
aliados desembarcaram na Praia de Omaha, na Normandia, começava o final do
conflito mais sangrento da história da humanidade. A Segunda Guerra Mundial foi
inigualável em todos os sentidos: foi a guerra que envolveu mais nações até hoje,
provocou mais destruições até então e deixou uma cifra de mortalidades que as
estatísticas nunca souberam precisar ao certo. Isso sem falar das consequências
causadas por todas as suas tragédias: divisão do mundo entre socialistas e
capitalistas, ameaça constante de um novo conflito mundial alimentado pela
Guerra Fria e milhões de órfãos espalhados por todo o mundo.
ALEXANDRE REIDER - Senta a pua - Óleo sobre tela - 20 x 40
GONZALO CÁRCAMO - Dia de sorte - Aquarela
ROD PEREIRA - Unlucky soldier - Ecoline, guache e lápis sobre papel
Muitos de nossa geração não
sabemos dimensionar os horrores causados por aquele acontecimento porque não
fomos atingidos diretamente por ele, mas temos a obrigação de não deixar que
seja esquecido tudo aquilo que pode ser classificado como a maior vergonha de
todas as civilizações. Em nome de éticas absurdas, povos foram humilhados,
culturas massacradas e que perdoem o trocadilho das palavras, naquela época "a humanidade nunca foi tão desumana”. Líderes ditadores surgiram, corrompendo e
manipulando as massas que se deixavam levar. Muitos foram obrigados a deixar
suas pátrias e procurar refúgio em outras terras, causando o que talvez tenha
sido o maior êxodo da história da humanidade.
VINÍCIUS SILVA - Saudade, exaustão e fome na cova da trincheira - Óleo sobre tela
JOSÉ ROSÁRIO - Tudo aquilo que me resta - Óleo sobre tela - 65 x 46 - 2014
GEORGE MEND - Invasão da Normandia - Óleo sobre tela - 30 x 40 - Estudo
Os palcos de toda essa
tragédia foram a Europa e o leste asiático, mas todos os continentes tiveram
nações envolvidas no conflito. Até o Brasil enviou uma força expedicionária
para atuar em terras italianas.
A exposição WWII:
as Cores da Guerra tem como objetivo principal relembrar essa passagem
sangrenta da história humana e não deixar que ela seja jamais esquecida, mesmo
por aqueles que não a vivenciaram. O Museu Histórico do Exército, quem gerencia
o Forte de Copacabana, soube entender a importância dessa proposta e abriu um
período em sua agenda concorrida para abrigar a exposição. Todos os artistas
envolvidos com a exposição nasceram bem depois do término da Segunda Guerra
Mundial, mas a arte é assim, tem essa função social e se faz atemporal quando é
preciso. Concebida inicialmente por Rod Pereira e Charles Oak, a exposição
ganhou força com a adesão de Alexandre Reider e Pedro da Costa como curadores.
Vinte e dois artistas foram então convidados a mostrar suas percepções a
respeito daquilo que o tema chegou até eles. As interpretações são as mais
variadas possíveis. Cerca de 65 trabalhos estarão expostos entre os dias 17 e
31 de julho.
CHARLES OAK - Soldado - Acrílica sobre tela - 50 x 40 - Estudo
MARCUS CLÁUDIO - General Plínio Pitaluga, Comandante do Primeiro Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado da FEB, na Itália
Lápis sobre papel, estudo
PEDRO MAURO - Trincheira alemã - Lápis sobre papel
Participam da exposição:
Alexandre Reider, Anderson Nascimento, André Maciel, Antônio Giacomin, Bruno
Guedes, Charles Oak, Duarte, George Mend, Gonzalo Cárcamo, José Rosário,
Lisandro França, Marco Dauailibi, Marcus Cláudio, Montalvo Machado, Nilo de
Medinaceli, Pedro da Costa, Pedro Mauro, Rod Pereira, Sandra Nunes, Souza
Rodrigues, Vinícius Silva e a participação especial do artista Benício.
LISANDRO FRANÇA - Pausa - Óleo sobre tela
BRUNO GUEDES - Em terreno inimigo
Nunca pensei que um dia poderia admirar as cores da Guerra... que belas cores!
ResponderExcluirTrabalhos maravilhosos...
Sucessos para todos...
Abraços!
Sempre que falamos em guerra, vem a nossa mente imagens cinzas, de dias difíceis e frios. Parece ser essa uma impressão coletiva. A mostra realça a visão de cada um dos participantes e por isso mesmo se torna tão interessante.
ExcluirObrigado, Vidal. Um grande abraço!
A arte transformando o sofrimento em beleza. Sucesso para os expositores. Abraços.
ResponderExcluirAgradeço em nome de todos, Jane.
ExcluirUm grande abraço!