domingo, 29 de setembro de 2013

JAMES ROBINSON

JAMES ROBINSON - Novembro - Acrílica sobre tela - 76,2 x 101,6

JAMES ROBINSON - Atravessando o rio
Acrílica sobre tela - 50,8 x 76,2

A tinta acrílica é uma combinação de pigmentos com uma resina sintética (resina acrílica ou acetato de polivinila, PVA) e é certamente a primeira técnica realmente nova depois do óleo. Ela foi criada para a cobertura de murais externos, que exigem uma tinta mais resistente a intempéries. A característica mais notável da acrílica é o seu rápido tempo de secagem. Sendo solúvel em água, seca em poucos minutos, tornando-se então, impermeável. A partir desse momento, não há mais mudanças na sua composição química. É por esse motivo, temida por muitos artistas acostumados ao óleo, e adorada, principalmente por artistas com propostas mais contemporâneas.

JAMES ROBINSON - Luz da manhã - Acrílica sobre tela - 60,96 x 91,44

JAMES ROBINSON - Beira de rio
Acrílica sobre tela - 60,96 x 91,44

James Robinson é um desses artistas que soube, como poucos, aliar os resultados tradicionais do óleo com os audaciosos processos de execução da acrílica. Ele consegue conciliar detalhamentos e efeitos próprios da tinta a óleo aos rápidos e eficientes resultados com acrílica.
Nascido em Houston, Texas, em 1944, soube desde cedo que se tornaria um artista. Recebeu os primeiros estudos, bem jovem, e soube tirar bastante proveito deles. Estudou desenho publicitário e belas artes e seguia sua carreira em paralelo como freelancer e ilustrador. Depois que apresentou seus trabalhos pela primeira vez em uma galeria local, e obteve retorno favorável por suas obras, decidiu que nunca mais sairia desse caminho.

JAMES ROBINSON - Através do Canyon Sabinal - Acrílica sobre tela - 101,6 x 121,92

JAMES ROBINSON - No Texas 
Acrílica sobre tela - 60,96 x 91,44

A paisagem local e a tradicional vida dos moradores do seu estado de origem influenciaram bastante sua obra. Ele tem orgulho de ter herdado boas histórias inspiradas na vida de seus antepassados. Os artistas com temática parecida são os seus mais fortes inspiradores: James Reynolds, Frank Tenney Johnson e Howard Terpning. Mas também se condidera influenciado pelos trabalhos de impressionistas como John Singer Sargent e Joaquín Sorolla, de quem herdou o gosto por intensas luminosidades. Há em suas obras, principalmente, uma combinação muito bem equilibrada de luz, cor e ação, o que transmitem um impacto muito grande a qualquer observador.

JAMES ROBINSON - Grous ao por de sol - Acrílica sobre tela - 45,72 x 60,96

JAMES ROBINSON - Beira de rio
Acrílica sobre tela

Vários prêmios já fazem parte de sua carreira. Continua com aquela que talvez seja sua grande marca de identidade, produzir exclusivamente trabalhos em acrílica. E faz isso como poucos!

JAMES ROBINSON - O único caminho - Acrílica sobre tela - 60,96 x 71,12

JAMES ROBINSON - Chegando ao destino
Acrílica sobre tela - 45,72 x 60,96

PARA SABER MAIS:

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

POR DENTRO DE UMA OBRA - Mariano Fortuny

MARIANO FORTUNY - La Vicaría
Óleo sobre madeira - 60 x 93,5 - 1870 - Museu Nacional de Arte da Catalunha

Uma grande obra de arte não precisa ser necessariamente grande. Evidentemente que o impacto produzido por um trabalho de grandes dimensões é algo que não se pode desprezar, mas certos trabalhos fazem confirmar aquela velha máxima de que “os melhores perfumes estão em pequenos frascos”. Quando deixamos o Museu Nacional de Arte da Catalunha, em Barcelona, é esta a impressão que nos marca mais forte: há o impacto e o deslumbramento com trabalhos de dimensões enormes, mas o que nos aprisiona mesmo não é um trabalho de grandes dimensões. La Vicaría é a pequena grande obra que nos arrebata logo na primeira olhada. A imagem que guardamos dela nos acompanhará sempre.


É, sem dúvida, a obra-prima da carreira do artista espanhol Mariano Fortuny, e um dos mais importantes trabalhos europeus do século XIX. Uma verdadeira preciosidade do Realismo de todos os tempos.


Muitos fatores tornam uma obra algo inestimável, referência ou simplesmente adorada. Não só a beleza plástica, a precisão da técnica ou o histórico do artista. No caso de La Vicaría, há todos esses indicadores e ainda o fato de o artista ter condensado em seu trabalho todos os símbolos de seu país. Nessa cena, que representa a assinatura de um contrato de casamento, há espaço para todas as classes sociais mais comuns em sua época. A burguesia, tão bem representada na suntuosidade das indumentárias; o grupo familiar e os amigos, mais próximos do casal; manola e toureiro, representando as classes mais baixas do povo, mas também integrados numa mesma confraternização. Em todos os personagens, há uma acurada representação de detalhes para cada tipo de traje, onde é possível visualizar texturas de tecidos, brilhos e movimentos. Ele capta as expressões com tanta naturalidade, que cada personagem ali contido parece uma figura viva.


Conta-se que a origem do quadro se deu quando, no dia de seu próprio casamento, Mariano Fortuny havia visitado a sacristia da Igreja de San Sebastian, em Madri, e se encantou pelo lugar. À partir daí, começou a fazer vários estudos que acabaram levando à composição dessa obra. Diversos amigos foram modelos que ele acabou utilizando para a composição final, como por exemplo o toureiro, cuja pose foi extraída de outro artista espanhol, Eduardo Zamacois y Zabala.


Fortuny era fascinado pela pintura de Goya e essa composição é uma declarada admiração por ele. Vários elementos remetem à influência de seu admirado conterrâneo. Impossível ficar indiferente à qualidade pictórica da grade, do lustre pendurado do teto, da biblioteca ao fundo e do braseiro, tão bem localizado como equilíbrio de um espaço vazio importante no primeiro plano. Todo o trabalho faz jus ao ditado de que “tamanho nem sempre é documento”. O quadro, pintado em óleo sobre madeira, mede não mais que 60 x 93,5 cm. O trabalho foi iniciado em 1863, quando o artista tinha 25 anos de idade, e concluído em 1870.




Essa pintura foi adquirida do artista por 25.000 francos pelo marchand Goupil, que logo a vendeu por 70.000 francos.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

EDUARDO ZAMACOIS Y ZABALA

EDUARDO ZAMACOIS Y ZABALA - A visita inoportuna
Óleo sobre madeira - 23 x 29.5 - 1868 - Museu de Belas Artes de Bilbao

EDUARDO ZAMACOIS Y ZABALA - Batismo de um pobre
Óleo sobre tela

Há certos artistas que seguem suas influências com fidelidade e não se desvencilham delas, por todas suas vidas. Eduardo Zamacois y Zabala se encaixa nesse grupo, se compararmos seus trabalhos mais maduros com o grande mestre que encontrou em Paris, Ernest Meissonier. Nascido em Bilbao, Espanha, a 2 de julho de 1841 e falecido em Madri, em 12 de janeiro de 1878, é daqueles artistas que teve uma curta trajetória produtiva, mas que se dedicou ao máximo para valoriza-la. Faleceu cedo, deixando uma produção escassa, mas provida de muito preciosismo e altíssima qualidade de trabalho.

EDUARDO ZAMACOIS Y ZABALA - Regresso ao convento
Óleo sobre linho - 54.5 x 100.5 - 1868 - Museu Carmen Thyssen, Málaga

EDUARDO ZAMACOIS Y ZABALA - Bufões jogando bocha 
Óleo sobre madeira - 46 x 35.6 - 1868 - Museu de Belas Artes de Bilbao

Recebeu suas primeiras lições de arte em sua própria cidade natal com os professores Joaquín Balaca e Cosme Duñabeitia. Os ensinamentos desse período também incluíam uma esmerada educação em diversos outros campos, como música e outros idiomas. Em 1856, quando já se encontrava em Madri com sua família, ingressa na Real Academia de Belas Artes de San Fernando, vindo a fazer aulas com Federico de Madrazo. Já em 1860, muda-se para Paris e se instala no Hotel Garni, no bairro de Montmartre, endereço muito disputado pelos artistas da época. Depois de algumas tentativas frustradas para entrar na Escola de Belas Artes, consegue ser aceito no ateliê de Ernest Meissonier, quem seria sua grande referência dali em diante.

EDUARDO ZAMACOIS Y ZABALA - A educação de um príncipe - Óleo sobre tela

EDUARDO ZAMACOIS Y ZABALA - Amor platônico
Óleo sobre tela - 1870

Mesmo que todas as suas primeiras referências sejam de artistas retratistas, Zamacois prefere a pintura de gênero, que executa com um preciosismo maduro e quase sempre em pequenos formatos. Por toda a Europa, havia uma tendência muito grande para obras históricas e na Espanha, terra de Zamacois, elas eram executadas sempre em grandes dimensões. Ele, porém, segue mais uma vez a preferência francesa de executar uma pintura mais íntima, de pequenas dimensões, mas sempre muito elaboradas. Talvez a chave para o sucesso de suas obras sejam esses atributos: cores puras, composições equilibradas e um detalhismo minucioso.

EDUARDO ZAMACOIS Y ZABALA - Espanha 1812, ocupação francesa
Óleo sobre tela - 44,3 x 52 - 1866

EDUARDO ZAMACOIS Y ZABALA - O favorito do rei
Óleo sobre painel - 55,9 x 45,1 - Coleção particular


Uma grande amizade com o artista Mariano Fortuny, viria a ser estabelecida à partir de 1866, tendo inclusive um retrato seu executado por esse outro grande artista espanhol. Muitos esforços não tardaram em render o merecido reconhecimento, vindo Zamacois a obter a Medalha de Ouro no Salão Oficial, com a obra Educação de um príncipe. A guerra franco-prussiana obrigou o seu retorno à Madri, e logo depois de sua chegada, ele falece com apenas 37 anos de idade, devido a sérios problemas de saúde, que já o acompanhavam desde Paris. Não chega a ver os trabalhos que enviara para o salão de Paris, naquele ano. Uma homenagem especial foi realizada para ele naquele salão, inclusive com a publicação de fotos de suas melhores obras.

Eduardo Zamacois y Zabala, num óleo sobre tela do artista Raimundo de Madrazo y Garreta
80,5 x 65 - 1863

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

ARTE REALISTA E O INTERIOR DE SÃO PAULO - Parte 4

Reinaldo Mendes, Ernandes Silva, Rodrigo Zaniboni, José Rosário, Álvaro Jara, Jesser Valzacchi, JB Oliveira e Matheus Cruz.

Tempos atrás, o imprevisível era algo que me amedrontava. Queria ter sempre o controle e a certeza sobre algo, como se isso fosse realmente possível. Não há fórmulas para a vida e o controle não está em nossas mãos. Todos os dias começam mergulhados em um mistério e com o tempo a gente aprende que isso é o que há de mais valioso. Comentei com o amigo Waiderson, logo no início dessa viagem pelo interior de São Paulo: “Estava chegando sem a menor certeza do roteiro. Sabia apenas o dia e horário da abertura da exposição, o resto ficaria por conta do imprevisível”. E como foi bom não ter o leme nas mãos, deixar que o acaso desse um rumo próprio para cada momento!...
A manhã de terça (10 de setembro) começou exatamente assim: imprevisível. Sem os medos do passado, felizmente.


JESSER VALZACCHI - O banho de Júlia - Óleo sobre tela - 120 x 140

Jesser Valzacchi, artista da cidade de Catanduva, convidou-nos para um café da manhã em sua casa. Foi um momento especial porque reuniu outros artistas da cidade: além de Rodrigo Zaniboni, Ernandes Silva, Matheus Cruz e eu, apareceram também por lá o JB Oliveira, Reinaldo Mendes e Álvaro Jara. Todos moradores e artistas de Catanduva, fazendo confirmar que a cidade se tornou mesmo um celeiro da arte realista. Alguns, como o Jesser, acompanho os trabalhos há um bom tempo. Muito bom o bate-papo daquela manhã e o entrosamento com artistas que estão numa procura cada vez mais constante pelo aperfeiçoamento da técnica. O encontro se estendeu pelo almoço em um restaurante e assim ficamos até o início da tarde. Já deixamos programados um novo encontro à noite, em um bar, e uma sessão de anatomia para a manhã do dia seguinte.

Ernandes Silva, Morgilli, Rodrigo Zaniboni e José Rosário.

MORGILLI - Paraty - Óleo sobre tela

A tarde teria mais algumas boas surpresas e a primeira delas foi a visita à Morgilli. Tenho uma admiração especial pelo Morgilli e seu trabalho. Não só porque me identifico imensamente com eles, mas principalmente pelo que eles representam. Já ouvia muito sobre esse artista nas conversas que fiz há tempos com o João Bosco Campos. Nasceu daí minha admiração, tanto pelo artista como pela sua obra. Passaria horas ali, apenas ouvindo e vendo os frutos de tantos anos de experiência. Impossível esquecer sua conversa pausada, centrada naquilo que foi a dedicação de toda uma vida: a pintura. Falou-nos do período na Itália e do começo que não foi fácil. A dificuldade dos contatos, colocar os trabalhos debaixo do braço e procurar alguma galeria, num tempo onde internet ainda nem era coisa de ficção. Bom que os tempos mudaram! Foi graças à facilidade da comunicação nos tempos atuais que nos reunimos tão facilmente. Ele nos recebeu e nos levou até o portão, com a amabilidade e o sorriso de sempre. Saí de lá com a proposta de que retornarei um dia.

Rodrigo Zaniboni, Reinaldo Jeron, José Rosário, Ernandes Silva e Matheus Cruz.

REINALDO JERON - Marina em Portugal - Óleo sobre tela - 150 x 200

A segunda surpresa daquela tarde, tão imprevisível como improvável foi o encontro com Reinaldo Jeron, outro grande nome da arte realista da cidade de Catanduva. Agradável acima de tudo, que gosta de dividir suas histórias com entusiasmo e saudosismo. Deixou-me emocionado ao comentar sobre a dura trajetória do início de carreira, por vencer preconceitos e conseguir impor seu trabalho pela excelência que ele contém. Um fato curioso é o seu gosto pelos trabalhos de grandes dimensões. No dia de nossa visita, estava, segundo ele, “divertindo com uma telinha”. Uma enorme cena marítima de 1,50 x 2,00m. Foi praticamente o pano de fundo da foto que fizemos. Também levarei muitas boas lembranças de nossas conversas e o desejo de nos encontrarmos mais um dia.




A manhã do meu último dia de viagem ainda teria uma sessão de anatomia, marcada para o ateliê de Júlio César, que assina JB Oliveira. O Matheus Cruz já havia retornado para compromissos em Piracicaba, mas a sessão ainda ficou bem frequentada, com as presenças de Ernandes Silva, Rodrigo Zaniboni, JB Oliveira, Reinaldo Mendes, Cassiano Pereira, Jesser Valzacchi, Álvaro Jara e minha. Foi um momento bem divertido, com alguns artistas se revezando como modelo e assim passamos toda aquela manhã, entre desenhos e lanches. Todos, artistas já de longa data. Alguns com atividades paralelas à pintura e na procura constante pelo aperfeiçoamento, coisa que nunca finda, para aqueles que não cansam de aprender.

JB OLIBEIRA - Maracujás
Óleo sobre tela

Reinaldo Mendes

CASSIANO PEREIRA - Paisagem
Óleo sobre tela

ÁLVAO JARA - Pedreiro
Óleo sobre tela - 90 x 70

Bons momentos não deveriam acabar, mas isso é impossível. A eternidade sobrevive apenas na lembrança desses bons momentos. E para quem chegou a vivê-los, nada mais importa. Vou guardar para sempre, a lembrança do carinho que recebi nessa minha curta passagem pelo interior de São Paulo. Fiz vários amigos e desafio a qualquer um, dizer se há algo mais importante que isso nessa vida.
Essa viagem começou a se idealizar há cerca de seis meses, no agendamento da exposição entre o Ernandes e o Patacho (membro da ESALQ), dos quais serei eternamente grato.

Voltei para Dionísio com uma certeza: o imprevisível é a minha mais nova morada!

domingo, 15 de setembro de 2013

ARTE REALISTA E O INTERIOR DE SÃO PAULO - Parte 3

Casa de Cultura Luiz Antônio Martinez Correa, em Araraquara/SP.

Na segunda-feira (9 de setembro) fomos até Catanduva, cidade localizada a mais de 300 km de Piracicaba, um grande reduto da arte realista no estado. Matheus Cruz (um artista de horas vagas, como ele mesmo gosta de afirmar) juntou-se a nós (Rodrigo Zaniboni, Ernandes Silva e eu) nessa caminhada. Interessante como a velocidade dos dias, naquela semana, fez com que o calendário não parecesse algo tão importante. Eu já não tinha mais a noção exata em qual dia do mês estava e isso é, às vezes, algo bem confortável.

MATHEUS CRUZ - Estrada - Óleo sobre tela - 30 x 40

Não partimos sem antes fazer uma rápida visita à Maria José Rodrigues (Masé), que nos recebeu muito carinhosamente em sua galeria, mostrando o acervo variado e apresentando seu espaço, que também abriga uma escola de cursos diversos.
O dia estava ainda mais quente que o anterior. Não era apenas uma percepção minha, era uma constatação. À medida que avançávamos para o interior do estado, o ar se tornava bem mais quente e seco. Uma parada ligeira para almoçar, em Rio Claro e seguimos novamente viagem até Araraquara.

José Rosário e a obra Descanso.

Rodrigo Zaniboni e a obra Dança.

Ernandes Silva e as obras Bifurcação e Litoral.

A visita à Araraquara tinha como endereço principal a exposição acadêmica que acontecia na Casa de Cultura Luiz Antônio Martinez Correa. Ernandes Silva, Douglas Okada, Rodrigo Zaniboni e eu estávamos com trabalhos expostos nesse espaço. Fomos muito bem recebidos por Milton Najm, que nos levou também até o Palacete das Rosas, onde acontecia a Mostra dos Cartunistas Convidados, nacionais e internacionais. Num outro espaço, no Teatro Municipal, estavam as obras de caricaturas e cartuns, cedidas pelo Salão Internacional do Humor de Piracicaba, bem como as obras modernas e contemporâneas.

OUTRAS OBRAS DA EXPOSIÇÃO:


DOUGLAS OKADA - Cozinhando no quintal
Óleo sobre tela - 60 x 80 - 2013

EDUARDO BORGES - Oficina do Sr Eugênio Nardin
Óleo sobre duratex

MARCOS SABBADIN - Leitura
Óleo sobre tela

JESSER VALZACCHI - Comerciante marroquino
Óleo sobre tela

Terá um grande desafio, a Prefeitura de Araraquara, para resgatar o salão de belas artes para o próximo ano. Interrompido em algumas temporadas, a mostra desse ano, com artistas convidados, visa exatamente incentivar o público regional para edições futuras.

José Rosário, Washington Maguetas, Ernandes Silva e Matheus Cruz.

Washington Maguetas em seu ateliê.

WASHINGTON MAGUETAS - A família e o cãozinho
Óleo sobre tela - 12 x 30

WASHINGTON MAGUETAS - Gisele na ponte do meu jardim
Óleo sobre tela - 80 x 110

WASHINGTON MAGUETAS - No jardim
Óleo sobre tela

Na próxima parada, na cidade de Taguaritinga, estivemos no ateliê de Washington Maguetas, o artista mais ilustre da cidade. Conheço o trabalho de Maguetas há anos e a sua produção tem uma fatia de grande importância no cenário da pintura nacional. Sempre tive um fascínio pelo seu colorido e a proposta impressionista que é o carro-chefe de sua produção. Fomos recebidos com uma hospitalidade rara e convidados por ele a conhecer o jardim que ele mesmo concebeu, nos fundos da residência. Conversamos por um longo tempo, ele sempre solícito, nos apresentando e explicando alguns de seus novos trabalhos, garimpando nos cantos do ateliê, algumas obras começadas e outras concluídas. Trabalhos antigos e alguns experimentos atuais que vem realizando. Não saímos sem antes fazer uma tradicional foto em frente à ponte japonesa, que já proporcionou inspiração para tantos trabalhos.

Em pé: Ernandes Silva e José Rosário.
Sentados: Clodoaldo Martins e Rodrigo Zaniboni.

Agulha é um pequeno povoado, distrito pertencente ao município de Fernando Prestes. Local onde mora a família do artista Clodoaldo Martins e também onde fica seu ateliê. Tivemos a sorte de ainda encontrá-lo por lá, já que passa toda a semana na cidade de São Paulo. Depois de um dia de aula inaugural em Monte Alto, ele nos recebeu para uma ligeira visita. É um jovem artista, de fala macia e olhar seguro, já consciente do grande potencial que tem em mãos. Dono de um realismo acadêmico refinado, cada vez mais sólido em suas propostas. Saímos dali com uma vontade de ficar mais, o sol já exibindo suas últimas luzes e a noite chegando mansa.

CLODOALDO MARTINS - No sítio da vovó
Óleo sobre tela

CLODOALDO MARTINS - A refeição da pequena Mariana
Óleo sobre tela - 60 x 80

Terminamos o dia com um jantar especialmente oferecido pelo Sr José e Sra. Edna Zaniboni, pais de Rodrigo. Quero deixar a eles um agradecimento especial pelo calor da acolhida. É tão bom quando nos sentimos em casa... Ainda guardo o sabor dos pães caseiros, feitos pela Sra. Edna, e que nos acompanhou por todos aqueles dias.
Chegamos finalmente à Catanduva. Se havia cansaço já nem me lembro. O dia havia trazido muitas emoções e a noite preparava outras tantas para o próximo dia.