segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ESCOLA DE DÜSSELDORF DE PINTURA

ANDREAS ACHENBACH - Por de sol depois de uma tempestade, numa costa da Sicília
Óleo sobre tela - 83,2 x 107,3

ALEXANDRE CALAME - O Jungfrau, Suíça
Óleo sobre tela - 85,3 x 105,5

GEORGE HETZEL - Interior de mata com riacho
Óleo sobre tela

É de consenso geral que uma boa escola forma; invariavelmente; bons alunos. O contrário também é verdadeiro: bons alunos divulgam, projetam e formam excelentes escolas. No caso da Escola de Düsseldorf de Pintura ficamos sem saber quem tem predominância sobre quem, pois essa escola de arte foi uma das mais respeitadas e disciplinadas de todos os tempos, e vários de seus alunos os mais notáveis pintores de seus estilos. Entenda-se aqui, como escola, não necessariamente uma instituição física, mas um movimento de artistas que comungavam ideais estéticos semelhantes.


IVAN SHISHIKIN - Meio-dia em Bratsevo, subúrbio de Moscou - Óleo sobre tela - 1866

FRIEDRICH ZIMMERMANN - Caindo a noite
Óleo sobre tela - 96 x 136

KARL THEODOR WAGNER - Aldeia junto ao lago de Lugano
Óleo sobre tela - 74,5 x 100

A Escola de Düsseldorf de Pintura refere-se a um grupo de pintores que ensinaram ou estudaram na Academia de Düsseldorf, na Alemanha. Durante praticamente um século (entre 1819 e 1918), mais de 4 mil artistas passaram pela instituição. Essa escola surgiu a partir da re-fundação da Academia Real Prussiana de Arte de Düsseldorf, até o final do Reinado da Prússia, na Renânia. Wilhelm von Schadow, um dos mentores da escola, foi também o seu diretor entre os anos de 1826 e 1859. Foi principalmente graças a ele, que a escola se tornou uma das principais referências para pintores de sua época. A fama de uma boa instituição se espalhou e ela se tornou um dos principais destinos de artistas de várias partes do mundo.


THEODOR ROCHOLL - Cavalos no Parque Sababurg
Óleo sobre tela - 199 x 133 - 1913

ALBERT FLAMM - Caindo a noite nas montanhas italianas
Óleo sobre tela - 71 x 55,5

Inicialmente, a Escola de Düsseldorf de Pintura tinha seu foco principal em pintura histórica (mitologia, literatura e religiosos) e, posteriormente, na paisagem e na pintura de gênero. Em 1828, Johann Wilhelm Preyer pintou o primeiro trabalho ao vivo, lançando assim as bases para o gênero da pintura em plein air . Logo depois, Schirmer tornou-se chefe da classe recém-fundada para Pintura de Paisagem na Academia de Arte de Düsseldorf. A pintura de paisagem logo veio a ser o gênero mais bem sucedido da Escola de Düsseldorf de Pintura. Carl Friedrich Lessing foi um dos pioneiros da pintura de gênero dentro dessa instituição . Desde o início da década de 1830, com base em Eduard Pistorius, Lessing e Theodor Hildebrandt criaram obras que não representavam eventos de importância histórica, mas sim situações cotidianas. Apesar da grande popularidade dessas pinturas, a academia não tinha classe separada para pintura de gênero até 1874.


ARNOLD BÖCKLIN - A ilha da vida - Óleo sobre madeira - 94 x 140 - 1888

GARI MELCHERS - O sermão
Óleo sobre tela - 1886

HENRIK NORDENBERG - Tecendo
Óleo sobre tela - 50,5 x 41

Como a paisagem se tornou o cartão de visitas da escola, é de se esperar que essa temática tivesse uma particularidade entre os seus praticantes. Assim, essas cenas eram finamente detalhadas, e muitas vezes continham alegorias religiosas ou mitológicas em suas composições. A pintura em plein air era quase uma unanimidade entre todos os membros, que também tendiam a usar uma paleta de cores suaves e relativamente uniformes. A Escola de Düsseldorf de Pintura também apoiava o Movimento Romântico Alemão.


SANFORD ROBINSON GIFFORD - As ruínas do Parthenon - Óleo sobre tela - 1880

KARL KAUFMANN - Desembarque num canal italiano 
Óleo sobre tela - 51 x 77

JOHANN WILHELM SCHIRMER - Paisagem com figuras
Óleo sobre tela - 44,5 X 74,5

Embora o nome possa sugerir uma mera importância local, a Escola de Düsseldorf de Pintura não era apenas um fenômeno regional. A excelente reputação da Academia e os pintores independentes atraíram um grande número de artistas de todo o mundo para Düsseldorf. Durante os anos 1850 e 60, quando o interesse internacional estava em seu auge, prósperas colônias de artistas da Escandinávia, Estados Unidos, Rússia e dos países bálticos se formavam em Düsseldorf. Vieram artistas até mesmo da Argentina, Chile, Peru, Capadócia, Índia, Java, Irã e Nova Zelândia. Alguns apenas se hospedavam por alguns meses, enquanto outros ficaram durante toda a vida e participaram  significativamente da cena artística de Düsseldorf. Muitos dos artistas voltaram para casa e usaram o que aprenderam em Düsseldorf. Na Alemanha, também, outros membros transferiram para outras instituições, disseminando o estilo de Düsseldorf. Eles ensinaram nas academias de arte em Dresden, Karlsruhe e Berlin, bem como no Instituto de Arte em Frankfurt e nas escolas de arte de Kassel e Weimar. Fora das terras alemãs, a Escola do Rio Hudson, nos Estados Unidos, foi o movimento estrangeiro mais influenciado pela Escola de Düsseldorf de Pintura.  Por isso, a Escola de Düsseldorf de Pintura teve uma influência significativa no desenvolvimento da pintura no século 19.

ADELSTEEN NORMANN - Primavera no fiorde - Óleo sobre tela - 110 x 154

ANDERS ASKEVOLD - Fiorde
Óleo sobre painel - 1889

GEORG ANTON RASMUSSEN - Um fiorde no verão 
Óleo sobre tela - 40 x 73

A Escola de Düsseldorf de Pintura também deve a sua fama graças aos negócios e as boas redes internacionais com os artistas estabelecidos. Como não havia oportunidades públicas para todos os artistas de Düsseldorf, o professor de história da arte Ignaz Mosler, com apoio de Schadow, iniciaram a Fundação da Renânia e Westphalia Art Club em 1829. O clube promoveu a venda de obras de arte e sua divulgação através de exposições anuais e aquisições. O Clube de Arte também organizou exposições itinerantes que percorreram locais tão distantes como Estados Unidos e Austrália. O Galerieverein, criado em 1846, também comprou obras importantes para a coleção de pinturas de Düsseldorf. Os efeitos da industrialização na Renânia, com seus consumidores prosperando rapidamente, também tiveram um efeito benéfico. Artistas de Düsseldorf regularmente exibiram suas obras em exposições na Academia de Berlim, onde também realizavam importantes vendas. Desde 1849, os trabalhos de membros da Escola de Düsseldorf de Pintura também começaram a atrair muito interesse a artistas americanos, após a abertura do Consulado da Prússia, em Nova York.

OSWALD ACHENBACH - Vista de Capri - Óleo sobre tela - 44 x 60,6 - 1884

EUGEN GUSTAV DUKKER - Esperando o retorno dos pescadores
Óleo sobre tela - 79 x 116

ALFRED WAHLBERG - Paisagem de verão
Óleo sobre tela - 45,5 x 65,5

Os artistas da Escola de Düsseldorf de Pintura estiveram ativamente envolvidos na vida cultural da cidade, não apenas na área das artes plásticas, mas também na literatura, no teatro e na música. Eles mantiveram contatos com Karl Immermann, que se tornou o diretor do teatro de Düsseldorf, em 1832, bem como os diretores musicais Felix Mendelssohn Bartholdy e Robert Schumann. Muitos artistas da escola realizavam decorações de cenários e figurinos para peças teatrais, bem como ilustrações de cartazes para tais peças e a ilustração de poemas. Eles também organizavam bailes que agitavam bastante a cidade. Os artistas da Escola de Düsseldorf de Pintura também foram notoriamente sociáveis e eram membros de muitos clubes. O mais famoso deles é a Associação de Artistas Malkasten, fundada em 1848, ao qual pertencia a  maioria dos artistas de Düsseldorf. Esse clube funciona até hoje.
Os trabalhos que ilustram essa matéria são apenas uma pequena parte do grande legado que deixaram tantos importantes artistas do movimento.


HANS DAHL - Jovem carregando flores numa paisagem de fiorde - Óleo sobre tela - 66 x 99

ADOLF SCHREYER - Guerreiros árabes
Óleo sobre tela - 46,5 x 83,3

WORTHINGTON WHITTREDGE - Paisagem da Westfália
Óleo sobre tela - 1853

terça-feira, 19 de novembro de 2013

PEDER MORK MONSTED

PEDER MORK MONSTED - Floresta Saeby - Óleo sobre tela - 80 x 120 - 1916

PEDER MORK MONSTED - Paisagem
Óleo sobre tela - 52,5 x 38,5 - 1929
Em leilão na Bukowskis

O anúncio recente de novas obras do dinamarquês Peder Mork Monsted presentes em algumas famosas casas de leilões da Europa, trouxe à cena mais uma vez esse que se tornou um dos mais respeitados paisagistas do final do século XIX. Dono de um colorido refinado e composições sempre inusitadas, Monsted aliou o naturalismo, realismo, romantismo e impressionismo, criando um estilo próprio e inconfundível.

PEDER MORK MONSTED - Paisagem de primavera no Saeby
Óleo sobre tela - 70 x 100 - 1912
Em leilão na Sothebys

PEDER MORK MONSTED - Estudo de paisagem
Óleo sobre tela - 32 x 26 - 1904
Em leilão na Bukowskis

PEDER MORK MONSTED - Crepúsculo
Óleo sobre tela - 57 x 88
Em leilão na Bukowskis


Apenas dois anos de estudos, na Academia de Copenhague, foram suficientes para que o artista adquirisse recursos técnicos para desenvolver a base de toda sua carreira. Teve a sorte de ter como mestres Christen Kobke, um excelente colorista que muito influenciou sua paleta, e Pieter Christian Skorgaard, outro excelente artista de temática bem nacionalista, que tinha como hábito valorizar as paisagens das florestas locais. Estava mais que formada a essência de sua carreira. Monsted sabia, como ninguém, extrair o que havia de mais virtuoso em todas as técnicas que tão bem aprendeu.

OUTROS TRABALHOS DE PEDER MORK MONSTED:

PEDER MORK MONSTED - Riacho ao norte de Copenhague
Óleo sobre tela - 69 x 117

PEDER MORK MONSTED - Piquenique na floresta
Óleo sobre tela

PEDER MORK MONSTED - Primavera idílica - Óleo sobre tela - 1916

PEDER MORK MONSTED - Torre del Grecco - Óleo sobre tela - 40 x 61 - 1925

PEDER MORK MONSTED - Paisagem de primavera com anêmonas e riacho
Óleo sobre tela - 78 x 120 - 1909

PEDER MORK MONSTED - Paisagem com rio - Óleo sobre tela - 53,3 x 84,4 - 1903

PEDER MORK MONSTED - Primavera na Floresta Saeby
Óleo sobre tela - 1213 x 80

PEDER MORK MONSTED - Floresta Charlottendun - Óleo sobre tela - 69,8 x 99,1 - 1908

PEDER MORK MONSTED - Uma estrada na aldeia - Óleo sobre tela - 40 x 61 - 1927

PEDER MORK MONSTED - Córrego e rochas - Óleo sobre tela

VEJA TAMBÉM A PRIMEIRA MATÉRIA COM ESSE ARTISTA:

e também


sábado, 16 de novembro de 2013

ALFREDO VIEIRA



 ALFREDO VIEIRA - Frescor - Óleo sobre tela

Muito bom, encontrar por esses dias, mesmo que ainda virtualmente, com o artista mineiro Alfredo Vieira. Ele é um representante contemporâneo do novo realismo mineiro, explorando a velha temática paisagística que fez escola por aqui, mas com um frescor e técnicas inusitadas. Adepto também do Hiperrealismo, uma tendência muito comum aos artistas realistas contemporâneos mais virtuosos.

 ALFREDO VIEIRA - Fazendinha - Óleo sobre tela

Nascido em Belo Horizonte, no ano de 1969, é filho de um outro artista, Afrânio, que foi um dos fundadores da antiga Feira Hippie, naqueles saudosos tempos onde funcionava ainda na Praça da Liberdade, e tinha um glamour que perdeu há tempos. Afrânio ficou conhecido por retratar casarios, uma identidade própria da temática mineira.

 ALFREDO VIEIRA - Ladeira - Óleo sobre tela

Alfredo Vieira também começou a expor na feira, bem cedo aliás, quando tinha apenas 10 anos. Expôs por lá em longos 32 anos e se firmou como um pintor de cenas mineiras, conquistando um público cativo não só no estado, mas de outras regiões do país. Após um estágio com um antigo professor da Guinard, Pedro Augusto, no ano de 2000, Alfredo monta seu próprio curso, priorizando bastante o desenho e aprimorando, juntamente com seus alunos, experimentos em novas técnicas e efeitos.

 ALFREDO VIEIRA - Gemas - Óleo sobre tela

Em 2002, a convite de uma aluna italiana, fica um período de 6 meses naquele país. Uma exposição hiperrealista bem sucedida lhe abre as portas para poder explorar ainda mais o país. Viaja pelo norte da Itália, sempre pintando ao vivo em praças e feiras. Um curso em Florença só veio realçar ainda mais a sua veia hiperrealista, tendência que nunca pretende deixar de explorar.

 ALFREDO VIEIRA - O Vendedor - Óleo sobre tela

 ALFREDO VIEIRA - Leiteiro - Óleo sobre tela - 50 x 60


Depois dessa temporada, retorna ao Brasil e se dedica principalmente aos cursos de desenho e pintura, suas principais atividades até hoje. Considera-se um pintor hiperrealista por excelência, gosta dos mínimos detalhes, captados com precisão e muita paciência. Não foi de frequentar escolas, muito do que aprendeu veio de leituras e muitas pesquisas, experimentadas em horas a fio, no refúgio de seu ateliê.

 ALFREDO VIEIRA - Marinha - Óleo sobre tela

Marinha, detalhe

Alfredo é metódico, tem toda uma trilha planejada para sua carreira, com planos bem audaciosos para o futuro, onde pretende explorar o hiperrealismo numa esfera que ainda não faz com tanta predominância. Ele se diz completamente apaixonado pelo que faz, não se cansa de passar no mínimo 10 horas por dia em seu ateliê, produzindo tudo aquilo que lhe fascina. Curte tudo, desde a preparação da tela, do tema, dos esboços, a primeira mancha, a pintura propriamente dita, veladuras, luzes finais... Faz tudo isso com muita entrega.

 ALFREDO VIEIRA - Solitude - Óleo sobre tela

Mestres como referência, considera muitos: Vermeer (seu preferido), Caravaggio, Bouguereau, Van Gogh, Richard Estes, Ralph Goings, Royo, Volegov e mais recentemente a artista Alissa Monks.
É por gratas surpresas como esta, que a arte realista sempre irá se reciclar e apresentar ao mundo novos nomes. Ainda que as temáticas se repitam, haverá sempre uma nova linguagem para falar do mundo de hoje.

PARA SABER MAIS:


domingo, 10 de novembro de 2013

O ENIGMA VAZIO



Quero salientar, de antemão, que o título dessa matéria não pertence a mim. Peguei emprestado de um ensaio literário escrito por Affonso Romano de Sant’anna, e é justamente sobre esse ensaio, o desenvolvimento do texto que se desenrolará a seguir.

 MARCEL DUCHAMP - O grande vidro

Marcel Duchamp, artista francês, afirmou no auge de sua carreira, que qualquer um pode ser artista e que qualquer coisa pode ser uma obra de arte. Para ele, o que importava não era a obra em si, mas o conceito que ela representava. Infelizmente, afirmativas como essa, que inicialmente podem parecer bastante democráticas, são mentiras que acabaram se transformando em dogmas, e foram se impondo pelo século XX como verdades inquestionáveis. Duchamp inaugurou o movimento que se intitulou de Arte Conceitual, que é o pilar de tudo que há de contemporâneo hoje em dia.
Bom, precisei de começar assim o texto, pois é aqui que entra o ensaio de Affonso Romano, que diga-se de passagem, é um dos ensaios mais lúcidos e corajosos que já vi nos últimos tempos. É preciso ter, acima de tudo, um embasamento teórico e técnico bem sedimentado para debater de frente com os teóricos e críticos promotores da arte atual. Pois bem, como diz Affonso Romano, “já que arte do século XX pretende ser uma questão conceitual, então vamos analisar tecnicamente essa questão do conceito”. É onde percebemos claramente que grande parte do que está por aí, se afirmando como os mais dignos representantes da arte do momento, não passam de pura especulação. De pessoas oportunistas, que se armaram eficientemente com o dom da retórica e do discurso, e que alienam e manipulam aqueles que infelizmente não podem ou não tem o direito de argumentação. Como diz o próprio Affonso Romano, “não se pode estudar a questão da arte, sem estudar filosofia e retórica, sobretudo à partir do século XX”.
Por essas e outras, que os amantes da verdadeira arte, sobretudo com referências da arte clássica e acadêmica, se isolam e se calam. É que, afirmar hoje, ser solidário ao que é clássico e tradicional é um grande risco, pois pode parecer algo conservador e fora de moda. Todos sabemos que isso é uma artimanha do sistema que se implantou, um artifício usado por aqueles que querem monopolizar e manipular o cenário da arte. Ficou-se a sensação de que tudo que tem referência ao antigo é ultrapassado e tudo que é moderno e contemporâneo precisa ser amado incondicionalmente. Já vi pessoas extasiadas diante de um tijolo quebrado, exposto em um desses megaeventos de bienais. Não extraem nenhuma informação concreta dali, mas por medo de parecerem fora de moda, fingem entender e se extasiar com o que não podem decifrar.

 WILLIAM BOUGUEREAU - As laranjas - Óleo sobre tela - 117 x 90 - 1865
Bouguereau foi um dos grandes defensores da arte clássica, quando essa
começou a sofrer as ameaças dos primeiros movimentos dito "modernistas".

Analisar a arte desse tempo é essencial para desenvolvermos um raciocínio lógico para onde pretendemos chegar. Também é bom frisar, que a liberdade foi e sempre será o objetivo maior, perseguido por todo artista. Mas, liberdade pode ser uma arma perigosa, com ela construímos ou destruímos algo. Antes de mais nada, é necessário que nos livremos dos conceitos errôneos que foram implantados no século XX, se é que almejamos entrar em uma nova era da arte.
Deixo, a seguir, uma palestra ministrada por Affonso Romano de Sant’anna, no período de lançamento do livro “O Enigma Vazio”. A palestra pertenceu ao programa “Sempre um papo”, e foi gravada no dia 30 de outubro de 2008, na Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte. Aviso com antecedência, que é um pouco longa, cerca de 1h e 12 min. Mesmo que não consiga vê-la na íntegra, de uma única vez, esforce-se para que o faça pelos menos em 3 ou 4 partes. É uma palestra perfeita para educadores de diversas áreas, desde a Filosofia até a Literatura, e também para todos os leigos (assim como eu) que se esforçam para não seguirem apenas como massa de manobra. É muito bom saber que não se está sozinho nessa caminhada, e que o horizonte acena com uma luz em seu final.

*Agradecimento especial a Nil Roque, pela indicação da matéria.