domingo, 27 de outubro de 2013

POR DENTRO DE UMA OBRA - Jean Richard Goubie

JEAN RICHARD GOUBIE - Jardim da Acimação - Óleo sobre tela - 67,9 x 100,3 - 1882

Localizado na região norte da cidade de Paris, o Bois de Boulogne, também conhecido como Jardim Zoológico de Aclimação, é um dos mais importantes parques da cidade francesa. Ele foi inaugurado em 1860, por Napoleão, e foi concebido com paisagens bem pitorescas pelo Barão Haussmann. Durante a Belle Époque, era um ponto badalado para passeios aos finais de semana. Cavaleiros exibiam seus animais bem cuidados, damas e senhoras com suas crianças se divertiam em muita algazarra. Uma das maiores fontes de prazer da garotada era cavalgar no dorso de elefantes e dromedários, ou serem puxados em charretes por avestruzes ou lhamas. Embora grande parte dos animais ficasse em área reservada, outra parte mantinha um contato bem próximo ao público.




Foi num desses finais de semana bem alegre, que Jean Richard Goubie se inspirou para compor a tela Jardim de Aclimação. Sob o olhar curioso e ansioso de gansos, cisnes e patos, mães e crianças alimentam animadamente os animais. É uma obra que confirma a extrema habilidade que o artista tem para representar pessoas e animais. Cenas como essa, ilustravam catálogos e panfletos que atraíam grande público para esse local. A visita a esses recantos gerava uma grande receita para os cofres da administração local.



A tela foi exibida no Salão de Paris de 1882, com boa receptividade do público visitante. Aluno do conceituado artista Jean-Léon Gérôme, Goubie consolidou sua reputação nas pinturas de cenas equestres ou que quase sempre envolviam animais. Essa composição, particularmente, é bem panorâmica e cria um senso dramático de espaço e movimento. Ele coloca o observador diante de uma trilha sinuosa, que o conduz até a linha do horizonte, permitindo quase sair do espaço. Também utiliza inteligentemente do recurso de manter os coloridos mais intensos somente nas vestimentas, na área central da composição, conduzindo ainda mais o olhar pelo quadro. Todos os elementos da composição parecem absortos e concentrados no que fazem. Somente o avestruz, puxando uma charrete vermelha, com um longo pescoço acima da multidão, parece perceber a presença do observador.

Jean Richard Goubie nasceu em 1842 e faleceu no ano de 1899.

OUTRAS OBRAS DO ARTISTA

JEAN RICHARD GOUBIE - O encontro
Óleo sobre tela

JEAN RICHARD GOUBIE - Soldados conduzindo cavalos sobre uma ponte
Óleo sobre tela - 68,6 x 99,7 - 1880

JEAN RICHARD GOUBIE - Estabelecendo
Óleo sobre tela - 38,1 x 56,5 - 1885

JEAN RICHARD GOUBIE - Olhando para o mar
Óleo sobre tela - 38,8 x 46,3

JEAN RICHARD GOUBIE - Uma parada 
Óleo sobre painel

JEAN RICHARD GOUBIE - Antes da partida
Óleo sobre tela

JEAN RICHARD GOUBIE - Cavaleiros 
Óleo sobre painel

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

ROSA BONHEUR

ROSA BONHEUR - Retorno do campo - Óleo sobre tela - 65 x 81 - 1854

ROSA BONHEUR - Arando
Óleo sobre tela - 49,5 x 80,5 - 1854

Que o universo das artes plásticas seja um território predominantemente masculino, não é nenhuma novidade. Mesmo nos tempos atuais, onde a mulher se impôs e conquistou vários postos nunca antes imaginados, a arte tende sempre a projetar o trabalho masculino mais que o feminino, talvez por uma questão de tradição. Agora, imagine uma mulher ter o seu trabalho inserido no mercado do século XIX, e ser bastante respeitada por isso. Foi o que aconteceu com a francesa Rosa Bonheur. Sem dúvida, a pintora mais famosa daquele século.


ROSA BONHEUR - La labourage nivermais, le sombrage 
Óleo sobre tela - 134 x 260 - Museu d'Orsay - 1849

Podemos dizer que o fato de Rosa ter entrado para um mundo restritamente masculino deve-se a seu pai, Oscar-Raymond Bonheur; também artista; e que era adepto de um movimento cristão-socialista, que promovia a educação de homens e mulheres com os mesmos direitos de igualdade. Uma ideia revolucionária para aqueles tempos! A morte prematura de Sophie, mãe de Rosa, também deve ter sido outro fator que colaborou para ela tivesse sido criada em meio aos meninos. Que não eram poucos! Auguste Bonheur, Juliette Bonheur e Isidore Jules Bonheur, irmãos de Rosa, também se tornaram notáveis artistas e escultores, tanto que Francis Galton, primo do famoso cientista Charles Darwin, usou a família como estudo para comprovar que haveria um “gene hereditário” cultural que “facilitava” as coisas entre membros de mesma família.


ROSA BONHEUR - Cabeça de um bezerro
Óleo sobre tela - 46,5 x 55 - 1878

ROSA BONHEUR - Tropeiros espanhóis atravessando os Pireneus
Óleo sobre tela - 116,8 x 200 - 1857

ROSA BONHEUR - Dois cavalos num estábulo
Óleo sobre tela - 63 x 98

Marie-Rosalie Bonheur (mais tarde, Rosa Bonheur), nasceu a 16 de março de 1822, na cidade de Bordeaux. Não teve uma vida muito fácil no início. Já aos seis anos de idade, quando se mudaram para Paris, Rosa se mostrou uma menina rebelde, com dificuldades para familiarizar com letras e números. Coube a sua mãe, a tarefa de despertar na criança o gosto pelo alfabeto, ilustrando cada letra com um respectivo animal, fato que deve ter contribuído para que sua carreira fosse quase que toda dedicada à produção de cenas que tivessem muitos deles.


ROSA BONHEUR - O labor
Óleo sobre tela - 73,7 x 110,5 - 1844

ROSA BONHEUR - O desmame dos bezerros - Óleo sobre tela - 65,1 x 81,3 - 1879

Aos doze anos, a menina Rosa já ajudava o pai em algumas atividades do ateliê. Mesmo que já aceitasse mulheres, a Escola de Belas Artes ainda não era permitida para a sua idade, e por isso ela praticamente aprendeu como todo artista-prodígio daquela época, copiando ilustrações de livros e gravuras e observando modelos em gesso e do natural. Passava horas entre os animais domésticos, tentando capturar seus movimentos e expressões. Muito dedicada, queria saber detalhes das partes de cada animal, tanto que visitava constantemente os matadouros da região, para melhor assimilar e apreender sua anatomia.


ROSA BONHEUR - O retorno da colheita - Óleo sobre tela - 25,2 x 69,8

Rosa tinha gostos bem excêntricos para a época. Vestia-se como homem e tinha o hábito de fumar como eles. Sempre desconversava quando lhe sondavam sobre essas suas estranhas preferências. Dizia que as roupas femininas não eram muito próprias para os currais, onde passava a maior parte de seu tempo. A convivência com Nathalie Micas, desde a infância, também sugeria um relacionamento mais íntimo entre elas. Mais tarde, ela viria a conviver com Anna Klumpke, quem faria sua biografia posteriormente.
Duas obras deixaram Rosa Bonheur com muita fama: Le labourage nivermais, Le sombrage e A Feira de cavalos. A primeira, comissionada pelo governo francês, foi exibida pela primeira vez no Salão de 1848, encontrando-se agora no Museu d’Orsay; e a segunda, exibida pela primeira vez no Salão de 1853, e que agora se encontra no Museu Metropolitano de Nova York. Como sempre, os animais dominam as cenas e atestam como esses tiveram mesmo uma grande importância em sua carreira.


ROSA BONHEUR - A feira dos cavalos
Óleo sobre tela - 244,5 x 506,7 - Entre 1852 e 1855
Museu Metroplitano de Nova York

ROSA BONHEUR - A feira dos cavalos
Aquarela sobre papel - 62,9 x 127,3 - 1867
Estudo para a versão à óleo.

ROSA BONHEUR - Estudos para A feira dos cavalos
Lápis sobre papel

ROSA BONHEUR - Estudos para A feira dos cavalos - Lápis sobre papel

Um fato curioso, já quando a artista havia conquistado fama e prestígio, se deu quando comprou um castelo na aldeia de Thomery, próxima à Barbizon. Lá, criou e conviveu com vários animais exóticos, com os quais sempre se inspirava.


ROSA BONHEUR - Pastora com animais - Óleo sobre tela - 32,4 x 45,7

Rosa Bonheur faleceu a 25 de maio de 1899, em Thomery. Foi um exemplo de enfrentamento e superação para todas as mulheres, em tempos bem mais difíceis que os de hoje.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

ÉMILE MUNIER

ÉMILE MUNIER - Seu melhor amigo - Óleo sobre tela - 68,6 x 50,8 - 1882

É provável que um dos primeiros grandes embates da história da pintura tenha acontecido na segunda metade do século XIX. Havia uma grande quantidade de movimentos artísticos se manifestando de uma só vez, em diversas regiões da Europa, que era a referência para toda escola artística daquela época. O Naturalismo e o Realismo se mostravam como movimentos já bem consolidados desde o início do século e o Impressionismo já se firmava como a alternativa mais certa para a grande reviravolta modernista que começaria no fim daquele século e entraria consolidado por todo o século XX. Mas, havia ainda um grande grupo resistente, apoiado principalmente pelas monarquias que governavam vários países. Na França, em especial, era o Grande Salão de Artes, financiado pelo governo, que ditava as regras acadêmicas. O Academicismo acabou se consolidando como um estilo oficial do salão e muitos artistas se moldavam a ele, preparando suas obras e se firmando nos conceitos das academias que ensinavam obrigatoriamente esse estilo. Mesclando elementos do Neoclassicismo e Romantismo, o Academicismo tinha como princípio básico uma abordagem realista, mas com uma dose bem generosa de idealismo. Era uma corrente que visava agradar o grande público consumidor que se formava, mas que também não abria mão dos conceitos clássicos da arte. As obras acadêmicas precisavam possuir, além de um caráter estético, um fundo ético e que servisse como um princípio pedagógico, educando o público que tivesse acesso a ela e transformasse a sociedade para melhor. Isso agradava, evidentemente, os governos locais, tendo um apoio irrestrito nos diversos departamentos culturais de cada país.

ÉMILE MUNIER - Um momento especial A lição de tricô
Óleo sobre tela - 114,3 x 83,8 - 1874

Émile Munier se consagrou principalmente nesse período de embates e de reviravoltas. Grande defensor dos ideais acadêmicos e fiel seguidor de William Bouguereau (sua principal inspiração), soube tirar proveito de sua melhor fase de produção e desenvolveu uma temática sólida e um estilo que o traria bons frutos, tanto na Europa, como nos Estados Unidos.

ÉMILE MUNIER - Brincando
Óleo sobre tela

ÉMILE MUNIER - Uma família feliz
 Óleo sobre tela - 67,3 x 55,9 - 1879

Émile Munier nasceu em Paris, a 2 de junho de 1840. Era filho de operários. O pai era estofador e a mãe funcionária de uma fábrica de tecidos. Seus outros dois irmãos, François e Florimond, também se tornaram respeitáveis artistas da cena parisiense. Sob os ensinamentos de Abel Lucas, Munier aprendeu praticamente tudo que viria a formar sua carreira: desenho, pintura, anatomia, perspectiva e também química, pois tinha a intenção de se tornar um ilustrador de estamparias, na área de estofados. Foi também nessa época que conheceria Henriette Lucas, filha de Abel, com quem se casaria logo em seguida.


ÉMILE MUNIER - De castigo - Óleo sobre tela - 94 x 64 - 1879

A década de 1860 foi muito marcante em sua vida. Ao mesmo tempo que se firmava como um reconhecido artista, tendo recebido inclusive três medalhas em participações do Salão de Paris, sua vida pessoal também lhe traria fortes provações. Ele se tornaria pai em 1867, mas perderia sua esposa dez semanas depois, vítima de um reumatismo grave.


ÉMILE MUNIER - Gatinhos - Óleo sobre tela - 45 x 30

A década de 1870 traria novos ânimos para ele, pois é nela que decide viver exclusivamente da produção artística, abandonando o cargo de estofador que o mantinha até então. Também lecionava desenho e pintura e isso parece ter colaborado muito para que sua carreira lhe inspirasse novos rumos. Inspirou mesmo, tanto que em 1872 casa-se novamente, agora com outra artista, Sargines Angrand-Campeon.


ÉMILE MUNIER - Recuperando - Óleo sobre tela - 101,6 x 187,3 - 1894 - Coleção particular

O convívio com William Bouguereau, a partir de 1872, seria fundamental para sua carreira. Não eram só grandes amigos, mas dividiam também as mesmas propostas, e um certamente tenha influenciado o outro, em diversos momentos. Munier já era então um artista de respeito, requisitado por colecionadores e com os trabalhos já alcançando boas cotações. Sua consagração se deu em 1885, quando expõe Três amigos, uma cena muito bem equilibrada mostrando uma garota brincando com seus gatinhos. Ele firma-se então como um dos mais procurados artistas para pinturas de crianças e animais. Esse trabalho foi reproduzido inúmeras vezes, por toda a década, em diversas escolas e por vários artistas.

ÉMILE MUNIER - Três amigos - Óleo sobre tela - 81,3 x 99,7 - 1885


Ele continuou sua carreira produzindo aquilo que mais gostava: cenas de crianças felizes, cenas mitológicas, camponeses em suas rotinas diárias e interiores. Não chegou a ver a virada do século, falecendo em 29 de junho de 1895, aos 55 anos de idade. Também não chegou a ver as mudanças que trariam os tempos futuros, talvez isso tenha sido até um prêmio para quem dedicou sua vida em torno de ideais moldados na arte acadêmica e de toda uma proposta. As mudanças que a arte teria certamente não seria algo com o que gostaria de conviver. Alguns de seus trabalhos ainda são disputados em raras ocasiões de leilões das melhores casas do ramo.


ÈMILE MUNIER - Mensagens de amor - Óleo sobre tela - 81,2 x 60 - 1891

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

IMAGENS E PALAVRAS



Ganhei um livro de poemas, que me foi enviado com muito apreço pelo escritor Naelson Almeida. Daqueles, com direito à dedicatória (sincera), escrita em letra tão bem desenhada, como não via há tempos. Envolvido com as artes como sou, logo me vi ilustrando (mentalmente) suas páginas. Para mim, há uma relação intrínseca entre imagens e palavras. Palavras, tanto ditas quanto escritas, sempre me despertam algumas imagens. Imagens, por conseqüência, trazem todas as palavras inerentes a elas.
Aconteceu de as minhas imagens despertarem algumas palavras ao Naelson e cá estamos nós. Não é por coincidência que sintonizamos as mesmas imagens e palavras. Lá pelos arredores de Catu/BA, a paisagem é muito parecida com a minha, e é por onde anda e vive o Naelson. Segundo o próprio, minhas imagens despertaram sentimentos do convívio dele e esta cumplicidade fica bem nítida em muito do que ele escreve. Sinto já ter pintado algo do que ele descreve, assim como ainda pintarei algumas palavras que o inspirarão no futuro.
Actus Nefandus tornou-se assim, meu livro de cabeceira dos últimos tempos. Já li e reli vários poemas antes que o sono chegasse, e separei 4, entre as muitas preciosidades que por lá estão.

JOSÉ ROSÁRIO - De volta pra casa - Óleo sobre tela - 60 x 80 - 2010

VESPERTINO

Tarde que passa a sombra, o sol, o açoite,
Tarde afastada da podre contaminação,
Tarde molhada de orvalho pela manhã já longe,
Tarde, somente a tarde onde descansa meu coração.

Tarde, viva ainda em minha sílica mente,
Como viçoso limo no frescor da correnteza,
Dá-me o prazer de tua constante presença,
Ó limitada, ponte, fruto na devesa.

Canção de ninar, dança do campo – não há quem pague!
Uma vontade sagrada, supremacia que me arde,
E por onde adiante eu for, este prazer não esquecerei
Daqui, minha símil matéria será tarde.


JOSÉ ROSÁRIO - Ribeirão Mumbaça, Dionísio
Óleo sobre tela - 40 x 30 - 2013

OBLÍVIO

Prefiro pensar em árvores,
no rio que corre,
na história que inventarei...
A pensar em gente.
Canções magníficas,
frutos deliciosos
e a infindável paz de gado pastando.
A vida nada mais é senão isso:
um trago, um gole, uma pescaria
e um longínquo pensar
onde reles mortais jamais alcançam.
Precisamos reviver,
enlacemos as mãos,
desarmemo-nos.


JOSÉ ROSÁRIO - Beira de lago - Óleo sobre tela - 60 x 100 - 2011 - Detalhe

AINDA CHOVE

Abro a porta,
Olho em volta,
O esquecimento é mesmo tão fugaz,
Emaranhado de seres que se juntam,
Se alimentam e crescem,
Descendem e espreitam,
Irracionalmente amam.

Meu espaço abrange,
A silhueta dos sonhos,
Os dias chuvosos,
Os pássaros, as flores, o vento...

O camarim onde os loucos chovem,
Transborda minha aura,
Alimenta-me
Consome-me,
Busca minha maior indumentária,
Para desfilar de parvo nas avenidas
E me iludir com os aplausos
Que por descuido ouço.
Não é assim mesmo?

Tenho que ir,
Esse momento não mais me merece,
Vou afundar nos reflexos, mistérios,
Esperar-me, revoltar-me, iludir-me...

Ainda chove no camarim dos loucos.

JOSÉ ROSÁRIO 
A fartura da tua mesa tem o tamanho da tua luta
Óleo sobre tela - 65 x 46 - 2005 - Detalhe

UM POEMA

Quero (d)escrever um poema
Com o que vejo diariamente,
Não um poema cotidiano.

Um poema Cometa Halley,
Vacina anti-tetânica,
Um poema com suas inutilidades.

Um poema com letras garrafais,
Mas, um poema normal; não berrante.
Um poema que para usa-lo e senti-lo,
Não seja preciso agitar nem anfetaminas,
Mas, não um poema careta.
Um poema com fast food
E gozo duplo no final.
Um poema banal,
Mas, que sirva para alguma coisa:
Relaxar,
Descontrair,
Rir,
Colorir...

Um poema que não seja bula de remédio,
Mas que também não seja papel higiênico – usado.
Um poema que não seja a bíblia,
Mas, que dê o seu recado.

Um poema apenas.

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O autor também já publicou outros trabalhos em parceria com escritores baianos. Seu livro pode ser adquirido diretamente com ele.


terça-feira, 8 de outubro de 2013

DANIEL GERHARTZ

DANIEL GERHARTZ - No paraíso das águas - Óleo sobre tela - 101,6 x 152,4

DANIEL GERHARTZ - Minha sobrinha ao cavalete - Óleo sobre tela - 101,6 x 76,2

Entre tantos artistas americanos da atualidade, um deles se destaca especialmente pela sua proposta, pela sua técnica e acima de tudo pela dedicação com que abraça sua profissão e a deixa transparecer em cada obra que assina. Dono de uma técnica hábil e de um trabalho refinado, Daniel Gerhartz é daqueles artistas que nos aprisiona com suas obras, logo na primeira olhada. Diz muito em poucas pinceladas e nos convida a mergulhar num mundo de poesia e beleza.

DANIEL GERHARTZ - Direto da horta
Óleo sobre tela - 101,6 x 76,2

DANIEL GERHARTZ - Nos seus sonhos
Óleo sobre tela 

Nascido em Wisconsin, no ano de 1965, despertou o interesse pelo desenho logo cedo. O primeiro passo para sua aprendizagem técnica se deu na Academia Americana de Arte de Chicago, onde fez questão de afirmar seus estudos dentro da tradição clássica de pintura e desenho, polindo seu aprendizado com as mais diferentes técnicas.

DANIEL GERHARTZ - Com o avô
Óleo sobre tela

DANIEL GERHARTZ - Maravilha
Óleo sobre tela - 101,6 x 152,4

Depois de passar um período com arte publicitária, começou a perseguir seu sonho com mais afinco, visitando vários museus, com o intuito de estudar os trabalhos dos vários mestres que sempre tanto admirou. E procurou fazer isso ao lado de amigos artistas contemporâneos, com os quais sempre dividiu e compartilhou aprendizados e ensinamentos.

DANIEL GERHARTZ - Com o jarro - Óleo sobre tela - Detalhe

DANIEL GERHARTZ - Tresses
Óleo sobre tela - Início de trabalho

Daniel Gerhartz, após longos anos de estudos, acabou aderindo a uma técnica de abordagem direta, com um trabalho quase em alla prima, mas captando tantas nuances com tanta sutileza e precisão, que seus trabalhos remetem a técnicas esmeradas em muitas seções e etapas. A anatomia é estudada com uma rigorosa precisão, não no sentido apenas físico. Ele capta sentimentos em seus personagens, com um domínio absoluto de suas expressões e emoções.

DANIEL GERHARTZ - Todas as novidades - Óleo sobre tela - 101,6 x 152,4

DANIEL GERHARTZ - Um dia com a mãe
Óleo sobre tela - 101,6 x 76,2

É um artista que louva a natureza criada, na forma como o homem se relaciona com o ambiente que o cerca, e com a conexão que existe nesse relacionamento. Suas obras nos transmitem magia, pois são atemporais e nos transportam para mundos idealizados. Cenas onde gostaríamos de estar e de lá não sair. Produtos de sua introspecção de artista, resultados da tranqüilidade e repouso com as quais são criadas.

DANIEL GERHARTZ - Uma brisa morna - Óleo sobre tela - 101,6 x 152,4


Palavras do próprio artista: “Meu objetivo é captar a riqueza de nossa experiência humana, os contrastes entre a vida e morte, o belo e o comum, a tristeza e a alegria, a esperança e o desespero. Quero oferecer, no final, uma mensagem que aponte esperança e nos faça sentir eternos”. 


PARA SABER MAIS: