quinta-feira, 21 de outubro de 2010

AS RIQUEZAS QUE ROLAM DE MINAS

Uma das maiores oportunidades oferecidas com a execução da exposição OLHAR A ÁFRICA: VER O BRASIL, foi a liberdade de poder trabalhar com vários estilos diferentes, criando uma nova linguagem para cada tela realizada. Como já havia um tema específico; a influência da cultura africana sobre a brasileira; não me prendi a um único estilo ou forma de expressão. A cultura africana é muito rica e, tratar esse tema tão abrangente com apenas um olhar, chega a ser um desperdício.
Várias técnicas foram empregadas, diversos tipos de suportes e formatos foram utilizados. E ainda havia a troca de linguagens entre arte da imagem e arte da escrita, com os poemas de José Maria Honorato.

Uma das obras que mais me envolveu foi, sem dúvida, As Riquezas que Rolam de Minas, tanto pela possibilidade de um estilo até então novo para mim, como pela possibilidade de esboços e exercícios com modelos vivos, coisa que não fazia há um bom tempo.
Essa tela mede 1,10 x 1,10 e pertence hoje, ao acervo de Láercio Álvares Maciel.

AS RIQUEZAS QUE ROLAM
DE MINAS
(José Rosário)

Quando os europeus vieram colonizar as nações do Novo Mundo e produzir riquezas, precisavam de músculos para os trabalhos pesados. Infelizmente, a condição física avantajada dos povos africanos foi um ponto contra eles naquele momento. Os negros africanos eram os únicos povos aptos para realizarem tal tarefa. Perderam a liberdade, mas não perderam a dignidade.
Estradas se abriram pelo Brasil, cidades surgiram, todo tipo de riqueza brotava das Minas Gerais.
Foi pela mineração, açúcar e café, que os negros enriqueceram as metrópoles da Europa e transformaram o curso da história.

Os primeiros exercícios

Garimpeiro - Mista sobre tela, 60 x 30
Esboço nº 3
Acervo particular de José Rosário

A obra acabada:
AS RIQUEZAS QUE ROLAM DE MINAS
Óleo sobre tela, 110 x 110 - Acervo de Laércio Álvares Maciel

MINA DE GUINÉ
(JOSÉ MARIA HONORATO)

Meu sorriso preto?
Minha pele preta?
Minam sabor de sal
Arrancados da
Feitoria da Mina
de Guiné

Meu sorriso preto?
Minha pele preta?
Arrastados pelo mar?
Estão no sal
Do açúcar doce
Da tua mesa.


3 comentários:

  1. Ola Jose do Rosario esto ca a olhar suas obras
    parabens sao diguinas d;mestre tudo muito
    maravilhoso...mais a q;mais me chamo atençao
    e as riquezas q;rola em Minas Gerais.
    obra linda,e tbn;as mulher no piano divinamente bello....parabens e sucesso
    sempreee.....um grd;abraço

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  2. Oi Zezé,gostoso te chamar assim...parabéns,tá maravilhoso.Eu não canso de olhar.Pra mim é motivo de muita alegria ver o seu sucesso.Parabéns!!!Que Deus abençoe abundantemente a sua vida e realize todos os seus sonhos.Sorte e muito sucesso!!!Ah!O meu preferido continua sendo o cahoeirão...dá até pra ouvir o barulho da água...bjus...

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  3. São DIVINOS seus trabalhos.Parabéns.

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