COLECIONISMO - Parte 2 (José Rosário)

EDMUNDO MACHADO

Edmundo Machado ao lado da obra Veneza, 80 x 60.

Uma, entre as mais de 200 que fazem parte de seu acervo.

Fiz essa tela à partir de um pequeno trabalho de Rubens Santoro.

Pessoas colecionam diversos objetos: carros, cd’s, livros, sapatos, moedas, selos, relógios... E os motivos podem ser os mais variados possíveis para começarem a fazer isso. Como também, muitos são os motivos que levam alguém a começar uma coleção de pinturas. Mas apenas um, consegue definir com exatidão, a verdadeira razão que leva alguém a continuar por esse caminho: amor à Arte.

FALCONI - Mercado egípcio, 50 x 70

FALCONI - Recanto dos pescadores, 50 x 70

CLÓVIS PÉSCIO - Paisagem com barcos, 50 x 70

CLÓVIS PÉSCIO - Marinha, 70 x 90

No ano passado, fui contatado por um colecionador de uma cidade do estado do Rio de Janeiro, de nome Edmundo Machado. Ele havia adquirido obras minhas em um leilão e gostaria de estreitar amizade comigo. De conversa agradável e sempre disposto a trocar informações e curiosidades das obras que há tempos vem colecionando, Edmundo é o perfil perfeito de alguém que ama aquilo que coleciona.

SYRO - Carro de boi, 40 x 50

MORO - Canto de praia, 50 x 70

MORO - Igreja, 50 x 40

SANDRA MARIA ARTIOLI - Estrada de São Bento, 50 x 70

ALEX LUIZI - Paisagem com rio, 50 x 100

VALDIR FÉLIX SABINO - Velha figueira, 45 x 60

Começar uma coleção de arte pelo simples prazer de tê-la como companhia, é o motivo mais sincero que pode levar alguém a se tornar um colecionador. É que adquirir obra de arte, um bem ainda na categoria do supérfluo; em se tratando de sobrevivência; requer abdicação de muitas coisas. Mas, há que se levar em conta o quanto a vida se torna prazerosa quando se deixa levar por essa opção. Cada objeto de arte adquirido abre uma nova porta que mostra muitas vidas além dele. Quantos dramas, alegrias e expectativas podem estar embutidos naquele simples objeto. E quanta alegria e satisfação ele pode levar à vida de muitas outras pessoas.

NANDO RIBEIRO - Colheita de algodão, 80 x 100

NANDO RIBEIRO - Colheita de cana, 80 x 100

MILTON MARIANO - Algodoeiro, 61 x 46

GILMAR GONÇALVES - Três figuras do ciúme, 50 x 60

Edmundo deixa mostrar de uma maneira bem clara, que o maior investimento nos objetos que adquiriu ao longo de anos, é o investimento em si próprio, como pessoa, como líder de família, como cidadão. A arte ensina muito a quem estiver sempre disposto a aprender. E aos que aprendem essa lição, contagiam a todos que estão por perto. Esposa, filhos, amigos, todos os que participam do seu círculo de amizades. Envolver-se com Arte é envolver-se com muitas outras vidas.

CONILLO - Sem título, 50 x 60

RITA CAVALLARI - Tramonto sul mare, 70 x 50

CLÁUDIA BARBOSA - Índia, 110 x 80

REGINA SCHWILGEL - Beleza, 60 x 40

JOUBERT PANTANEIRO - Pagode, 70 x 50

JOSÉ LINO ZECHETTO - Casebre, 50 x 40

Os mais de 200 trabalhos que Edmundo adquiriu mundo afora ao longo de vários anos, devem ter sempre uma história a contar: lembranças de uma viagem, fatos históricos aprendidos com a aquisição, amizades conquistadas e cultura apreendida. Não há na coleção de Edmundo um rigor de estilos e escolas artísticas. As muitas obras que vem possuindo são adquiridas mais por um senso afetivo do que necessariamente por valor comercial ou estilístico.

OSMAR DOS SANTOS SOARES - Estrada com ipê rosa, 60 x 100

JOSÉ ROSÁRIO - Depois da ordenha, 40 x 50

JOSÉ ROSÁRIO - Sabará, 60 x 80

WILSON VICENTE - Igreja São Francisco, Ouro Preto, 60 x 80

WILSON VICENTE - Paisagem com fazenda, 60 x 80

ALEX CARMINATTI - Parada pra descanso, 60 x 80

Que destino terá toda sua coleção um dia? Não importa a resposta. O importante é qual destino toda sua coleção lhe fez alcançar. Seus filhos e descendentes, envolvidos com a arte, porque já cresceram nisso, terão ali um lugar eterno para estarem sempre em contato com ele.

GABRIEL DE ANDRADE - Casario, 60 x 90

CELSON CASTRO - Galeão, 50 x 70

HÉLIO CASTRO - Marinha, 50 x 70

RONALDO AUTUORI - Marinha, 50 x 70

NELSON MOLINA - Palácio de Dodge, Veneza, 60 x 80

NELSON MOLINA - Casario, 60 x 80

Não se pode esquecer nunca, que a arte sobrevive por pessoas assim, como Edmundo. E se a arte sobrevive, sobrevive também a memória da civilização.

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Agradecimentos especiais ao Edmundo, por ceder fotos de uma parte de sua coleção para compartilhar conosco. A Arte que é democrática ilumina muitos outros horizontes.

ADRIANA ANDRADE - Rosas, 50 x 70

CÂNDIDO OLIVEIRA - Vendedora de pão, 80 x 60

SEBASTIÃO EDUARDO - Beco em Diamantina, 70 x 50

MARCO ANTONIO MOREIRA - Casario, 50 x 70

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PARA ACESSAR:

www.edmundomachado.blogspot.com