domingo, 22 de maio de 2011

ANDREW TISCHLER

ANDREW TISCHLER - Relíquia da Floresta
Óleo sobre tela

A terra vermelha e dourada da paisagem australiana, em contraponto com céus azuis vívidos, foram as principais fontes de inspiração para os primeiros artistas que por lá desembarcaram. O maior encorajador das cenas do novo continente foi John Glover, um expatriado inglês, que nunca foi aceito pela Real Academia de Londres, mas que tinha os trabalhos muito procurados por toda Inglaterra e estes lhe deram uma confortável situação financeira.

ANDREW TISCHLER - O vôo da ave
 Óleo sobre tela -  2010

ANDREW TISCHLER - Kalimina - Óleo sobre linho belga - 50 x 60 - 2013

Só apenas em 1880 até o fim do século XIX, a paisagem na pintura australiana alcançaria seu verdadeiro senso de maturidade. E ela veio nas obras de Tom Roberts, Arthur Streeton, Charles Conder e Frederick McCubbin. Seguiram a esses, diversos outros artistas. Eles armavam suas tendas no interior e captavam suas cenas no raiar do dia. Ali desenvolviam um Impressionismo com leitura bem naturalista.

ANDREW TISCHLER - Margem do Rio Murray
Óleo sobre tela - 2010

ANDREW TISCHLER - Mangezais - Óleo sobre linho belga - 50 x 30 - 2013

A atual pintura paisagística australiana recebeu recentemente um aliado de peso: Andrew Tischler. Jovem artista nascido no ano de 1983 em Kerrville, Texas, nos Estados Unidos. Sua família mudou para Perth, na Austrália, no ano de 1993, depois de morar outros 2 anos na Nova Zelândia. A paisagem única do novo continente alimentou ainda bem cedo a imaginação do pequeno artista.

ANDREW TISCHLER - Reflexos dourados
Óleo sobre tela

Inicialmente sua pintura se limitava a temas da Austrália Ocidental, mas, como ele próprio afirma, “há muito mais para ver e muitos lugares para visitar e pintar”. O trabalho de Andrew é bem peculiar, porque ele só pinta lugares pelos quais já tenha passado. Sentir a atmosfera de uma cena, em sua condição natural é uma das armas que não abre mão.

ANDREW TISCHLER - Luz no vale
Óleo sobre tela - 90 x 120

O elemento mais importante no meu trabalho é a definição do espaço tridimensional em um meio bidimensional. Eu me esforço para colocar o espectador em um mundo novo, espero imersão na ilusão do espaço que me propus a criar para as pessoas. Algumas das minhas obras de maior dimensão têm uma forte composição vertical, que puxa o espectador para uma situação de envolvimento, fazendo-os interagir com a obra em um nível mais primitivo e emocional. Outras peças têm uma qualidade totalmente diferente, onde a luz, a geologia, a fauna e a água têm um papel chave na criação de uma cena calma e contemplativa. Independentemente de saber se a pintura relaxa ou não, eu quero que o espectador se sinta parte da cena, para ser pego em um momento.”(Andrew Tischler)

ANDREW TISCHLER - Marinha
Óleo sobre tela

ANDREW TISCHLER - Richard Hunter - Óleo sobre linho belga - 91 x 60 - 2012

“Chamo a minha inspiração do ambiente natural. Adoro explorar a passagem do tempo e tentar capturar o espírito do momento. Cada peça explora um fenômeno um pouco diferente. Gosto da dinâmica e da interação entre os diferentes elementos, como água contra a rocha, ou samambaias iluminadas e exuberantes contrastando com troncos profundamente sombreados. Gosto de justaposições, como um galho de árvore morto e apodrecendo, caído em um riacho coberto de novo crescimento, simbolizando a continuidade da vida. Eu amo a narrativa formada na pintura. Há sempre algo a explorar, ou de algum lugar para ir. O ambiente natural é o nosso maior trunfo. Ele merece nossa admiração, respeito e proteção”.(Andrew Tischler)



  
Acima: O jovem Andrew em um de seus trabalhos.
Abaixo: Pintando mais recentemente em plein air.


PARA SABER MAIS:

2 comentários:

  1. Pô, Rosário! Você sempre arranja uns caras fenomenais pro seu blog! E o legal é que é gente nova continuando a história! Muito bom ele. Tentarei ver algo mais e, como sempre faço, estudar boa pintura...
    Um abraço, Paulo

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  2. Olá Paulo, imagino que você ficou tão surpreso quanto eu. A arte sempre se renova, graças a Deus!

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