quinta-feira, 22 de setembro de 2011

BARBARA EDIDIN

BARBARA EDIDIN - I remember april
Lápis sobre papel - 45,72 x 35,56


Não bastasse o resultado incrível do trabalho de Barbara Edidin, o que mais impressiona mesmo é com que técnica ela o realiza: lápis de cor. Para quem trabalha com arte, sabe o quanto parece ser restrito o uso desse meio. E, no entanto, esqueceram de dizer os limites a essa artista. O realismo que emana de suas composições é algo surpreendente.

BARBARA EDIDIN - Have and have nots
Lápis sobre papel - 78,74 x 48,26

Barbara gosta de frisar que seu trabalho é um elogio à abundância, no seu sentido mais opulento e rico. E o resultado acaba sempre bastante refinado e de extremo bom gosto. Ela cria composições hisperrealistas de naturezas mortas com tanta desenvoltura, que a primeira observada nos deixa sérias dúvidas sobre a utilização de sua técnica.

BARBARA EDIDIN - Plain and simple
Lápis sobre papel - 66 x 45,72

Nascida em Chicago, Estados Unidos, em 1952, formou-se pelas Universidades do Norte do Arizona e do Estado do Arizona, além de passar pelo Edidin Kansas City Art Institute.
Como ela gosta de afirmar, “seus temas são humildes”, porém realizados com tanta maestria técnica, que se tornam absolutamente complexos. À primeira vista nos parecem até algo abstrato, depois, os olhos vão identificando nitidamente as formas, e ao final de algum tempo é impossível não se perguntar como se fez aquele trabalho. A intenção dela é exatamente essa, criar uma ponte direta da abstração com o realismo na sua forma mais apurada. Obviamente a técnica é um ponto determinante em seu trabalho, mas para ela, muito mais que ser reconhecida pelo domínio técnico de seu trabalho, é que as pessoas possam reconhecer neles as suas manifestações interiores mais puras.

BARBARA EDIDIN - Sweet William
Lápis sobre papel - 58,42 x 40,64

Evidentemente que cada obra leva um bom tempo em sua execução, mas, o resultado já lhe rendeu premiações em diversas partes do mundo e o respeito mais que merecido, num setor que é predominantemente masculino, o artístico. Não só as flores recebem veracidade na representação de suas texturas e efeitos, mas também toda prataria, vidros, tecidos e todo tipo de superfície ali contida.

BARBARA EDIDIN - Strawberries and cream
Lápis sobre papel - 88,9 x 58,42

“Seus trabalhos são uma janela para um mundo de profunda exuberância e uma visão de abundância”.

BARBARA EDIDIN - Windfall
Lápis sobre papel - 85 x 71,12


Para saber mais


14 comentários:

  1. Olá José.
    Acho este seu espaço a melhor fonte de informações para quem gosta de arte, aquela arte a qual sempre me refiro, e penso que já esteja ficando chato em bater na mesma tecla, a arte feita, executada sob o rigor técnico, fruto de estudo e dedicação, como a que você nos brinda.
    As suas e as de seus interesses.
    Obrigado.

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  2. Olá Macário,
    fico até orgulhoso que se sinta bem por aqui. Também quando penso em algo novo e sem rótulos, é ao seu espaço que recorro.
    Grande abraço!

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  3. Chega a doer nos olhos tanta beleza. Quantos detalhes e profusão de cores ela nos mostra. Maravilha mesmo.

    Obrigada por nos mostrar essa preciosa pintora.

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  4. Bom que algo voltou a "cintilar", Rachel.
    Concordo plenamente, maravilha mesmo.

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  5. gosto de passar por aqui,estou sempre aprendendo com vç,é um jeitinho mineirinho de ensinar,algo que ao meu ver pareçia tao cansativo, a história da Arte com vç se torna tão agradável,deveria está nas escolas esse blog,é muito saber/////////

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  6. é impressionante a busca quase obsessiva do detalhe na obra desta artista!

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  7. Amigos, obrigado pela presença.
    Há um encantamento natural no trabalho da Barbara. Precisaria muitas matérias pra descreve-lo com merecimento. Melhor e observar e viajar!

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  8. olha, raramente faço isso, comentar antes de ler seu texto. desta vez levei uma bela rasteira: dizer que ela tem a quase obsessão pelo detalhe, tudo bem, mantenho. mas, francamente, a lápis de cor! é demais prá minha cabeça,rs...

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  9. A beleza da porcelana e das rendas só se compara à riqueza de detalhes de nossas rendeiras e artesãs nordestinas. Grande estilo e poética.
    Bjo

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  10. Paulo, mais uma vez obrigado pela visita.
    Ana, bela comparação.
    Grande abraço, amigos!

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  11. como disse; paulo de carvalho,a lápis de cor!é demais para minha cabeça/////

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  12. ....incrivelmente difícil, ela tem a arte nas veias!!lindas telas!
    Abraços,Beth Ferraz.

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  13. Oi José, tbm estou encantada com a obra da Barbara, com a riqueza de detalhes tão bem explorados por ela. Muito lindo!
    Voltando pra colocar a leitura em dia. Um bj carinhoso.

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